UE: sem Finlândia não há resgate a Portugal - TVI

UE: sem Finlândia não há resgate a Portugal

Olli Rehn

Comissário europeu avisa que ajuda só pode ser dada com a unanimidade de todos os países

Relacionados
Se a Finlândia se recusar a participar na ajuda internacional a Portugal, não há resgate, avançou o comissário europeu para os Assuntos Monetários e Económicos, Olli Rehn, em entrevista à estação de televisão finlandesa YLE.

Ou seja, se o acordo de todos os países europeus falhar, não existem alternativas pensadas, admitiu.

Depois das eleições na Finlândia, onde o partido dos eurocépticos Verdadeiros Finlandeses obteve o terceiro lugar, continua a ser discutida a ajuda ao nosso país, e se uma recusa da Finlândia em participar inviabilizaria ou não o resgate a Portugal. Esta terça-feira, Olli Rehn quis esclarecer os finlandeses: não há qualquer alternativa preparada.

«O fundo europeu de resgate requer unanimidade. Esta foi, entre outras, uma exigência da Finlândia, Alemanha e de outros países», lembrou o comissário, sublinhando que «apenas através de uma decisão unânime pode o fundo europeu de resgate ser usado para evitar a bancarrota de Portugal».

O responsável europeu afirmou ainda que a responsabilização dos investidores, defendida por alguns políticos finlandeses, será incluída no Mecanismo Europeu de Estabilidade, que entrará em vigor em meados de 2013.

«É moralmente certo e financeiramente são implementar a responsabilização dos investidores. Neste tipo de situação de crise, quando ainda enfrentamos o perigo de ela alastrar e de ocorrer uma reacção em cadeia através do sistema bancário, não há nenhuma razão para chegarmos aí», disse.

Olli Rehn diz que Portugal pode entrar em bancarrota se não existir unanimidade quanto ao resgate. «Se queremos evitar a bancarrota de Portugal, precisamos de uma decisão unânime, de que o fundo europeu de resgate pode ser usado para salvar Portugal. Unanimidade significa que a Finlândia também tem de participar».

O comissário sublinhou que «não se trata de salvar os bancos franceses ou alemães, mas sim de suportar a estabilidade de crescimento e emprego da Europa».
Continue a ler esta notícia

Relacionados