Cuidado com as compras em lojas no Facebook - TVI

Cuidado com as compras em lojas no Facebook

Muitas vezes não estão registadas nem têm endereço fixo, avisa a Deco

Esta semana começa com um alerta da Deco para quem faz compras no Facebook. A Associação de Defesa do Consumidor já recebeu várias reclamações. É que muitas vezes as lojas não estão registadas nem têm endereço fixo.

As queixas dos consumidores vão desde o atraso nas entregas dos produtos comprados à falta de reembolso em caso de desistência da compra. Como, na sua maioria, as lojas não se encontraram registadas como empresas em Portugal e não têm um endereço físico de contacto, todo o cuidado e pouco. 

“Por vezes não se trata de vendas de comerciantes para consumidores, mas sim vendas entre particulares, logo torna-se mais difícil a resolução de um possível conflito posteriormente”

A Deco aconselha os internautas, em comunicado, a obterem o endereço físico da loja ou uma morada para contacto, que possam usar em caso de conflito.

“Quanto às formas de pagamento, caso a loja permita o pagamento à cobrança, por transferência bancária ou por MB, na receção do produto, estas são as mais seguras”, explica.

Outro conselho a seguir é ficar com comprovativo da encomenda com todos os elementos: descrição do produto, preço, morada do vendedor e prazo de entrega.

“Sendo uma compra à distância tem sempre um prazo de 14 dias, no entanto, esta faculdade só se aplica a negócios entre comerciantes e consumidores, caso tenha adquirido o produto junto de um particular, não existe esta possibilidade”, faz notar.

“Fazer uma aquisição desta forma, e caso não seja disponibilizada fatura de compra, não poderá mais tarde acionar a garantia do produto, pois não terá forma de comprovar a data de aquisição do mesmo”.

 

Já se consumidor tiver efetuado uma compra numa loja Facebook, e não tenha recebido o produto dentro do prazo, deverá optar entre cancelar a compra e solicitar o reembolso do valor pago, ou interpelar a empresa para proceder à entrega num novo prazo.

“Tendo em conta que estes negócios são criados muitas vezes apenas na rede social, com uns meros cliques, e sem necessidade qualquer registo junto das entidades nacionais, o encerramento destas lojas, está à distância de um clique, como tal, pode acontecer que o pagamento das encomendas seja efetuado pelos consumidores, e a loja deixe de existir, sem proceder a reembolsos e/ou entregas dos produtos encomendados”, avisa ainda.

A Deco garante que vai estar atenta às reclamações e promover as diligências necessárias para garantir a proteção dos direitos e interesses dos consumidores.

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