Fundação Eugénio de Almeida não aceita demissão de Granadeiro - TVI

Fundação Eugénio de Almeida não aceita demissão de Granadeiro

  • Amílcar Matos
  • 26 mai 2017, 20:42
Henrique Granadeiro (Lusa/João Relvas)

Ex-presidente da Portugal Telecom pediu para deixar o cargo de vogal depois de ser constituído arguido no caso Operação Marquês mas administração entendeu que, até prova em contrário, não há razões para a saída do gestor

Henrique Granadeiro, antigo presidente da Portugal Telecom, apresentou o seu pedido de demissão da fundação Eugénio de Almeida. O pedido foi feito por carta mas os restantes elementos da administração não aceitaram a saída.

À TVI, o arcebispo de Évora, José Francisco Alves, confirmou que “o dr. Henrique Granadeiro escreveu uma carta ao conselho de administração pedindo demissão, pondo o seu lugar à disposição”.

Mas os três elementos que gerem a fundação, em representação da igreja e da universidade de Évora, não aceitaram o pedido do ex-gestor.

“O conselho de administração, na altura, entendeu que nada estava provado e que portanto, como ele tinha feito um bom papel na fundação, poderia continuar”, acrescentou o arcebispo.

Granadeiro é, atualmente, vogal do conselho e tem mandato na função por mais dois anos. Em fevereiro deste ano foi constituído arguido no âmbito da Operação Marquês, sendo suspeito da prática de crimes de fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento de capitais. Foi neste sequência que pediu para sair do conselho da Fundação.

Sobre o futuro, o responsável da igreja refere: “não lhe sei dizer” porque a decisão será sempre do conselho de administração.

A TVI tentou ouvir o conselho de administração da fundação que se recusou a falar do tema.

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