O Governo vai ter pelo menos 650 milhões de euros de margem para negociar o próximo Orçamento do Estado. O dinheiro a mais vem da revisão de metas. O esboço orçamental enviado a Bruxelas não tem medidas nem detalhes, mas tira mais 400 milhões dos cofres do Estado para medidas extraordinárias no próximo ano.
Em abril, o Executivo antecipava um excedente orçamental de 0,3% em 2020, mas agora passa a défice 0, assumindo o cresimento do PIB nominal. É uma margem que o Èxecutivo pode usar para negociar com a esquerda.
Mas o projeto de plano orçamental também prevê mais dinheiro para gastar em medidas extraodinárias: mais 400 milhões de euros em relação ao valor inscito no Programa de Estabilidade de abril.
No total, são 1000 milhões de euros para medidas temporárias. Parte é para reforçar o mecanismo de capital contingente do Novo Banco.
Recorde-se que esta legislatura não tem quaisquer acordos escritos, pelo que todos os orçamentos terão de ser aprovado ano a ano.