Centeno: "Educação é uma prioridade" para este Governo mas com rigor - TVI

Centeno: "Educação é uma prioridade" para este Governo mas com rigor

Ministro das Finanças volta ao Parlamento para continuar a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2017. Agora com todos os mapas entregues, Centeno, mesmo assim, diz que a "oposição está cativa" de tabelas

Mário Centeno, ministro das Finanças, voltou hoje ao Parlamento, tal como tinha ficado acordado com os deputados na passada semana ainda com alguns mapas em falta, que os deputados da oposição exigiam.

Na sua apresentação inicial, o ministro da tutela voltou a enumerar os três aspetos sobre os quais incide o Orçamento: recuperação dos rendimentos das famílias - através do alívio da carga fiscal e melhorias do mercado de trabalho; capitalização das empresas e estabilização do sistema financeiro.

Centeno não escondeu um Orçamento de "escolhas políticas mas também metodológica", e assegurou que, já na primeira audição, de cerca de cinco horas, mesmo sem mapas, os deputados tinham toda a informação e números para a discussão do documento.

Depois Centeno voltou-se para a Educação e Saúde, para garantir que há um "crescimento anual" no Orçamento da Educação.

Depois de anos com uma redução do Orçamento inicial, em 2016 e 2017 este orçamento tem um reforço significativo. Trata-se de corrigir a suborçamentação da Educação que o anterior Governo operou".

"A Educação é uma prioridade. Mas as prioridades têm de ser sujeitas a uma hierarquia e ao rigor orçamental", garantiu o governante.

E sobre a Saúde, o ministro até ousou um "trocadilho": "Haja saúde", disse, recordando que em 2015 houve uma "derrapagem de 440 milhões de euros" no défice deste setor.

Mas o responsável das Finanças não poupou a crítica os "expansionistas fiscais", garantindo que "temos mais 900 milhões de euros de reembolsos do que em 2015 (...) No IRS, IRC e IVA os desvios são quase  todos explicados pelos reembolsos mais elevados".

Não se pode crescer desorçamentando a Educação ou Saúde, mas não nego que os orçamentos devem ser aplicados com equilíbrio, atento às necessidades de prestação de serviços, mas tendo em conta as restrições existentes", acrescenta o ministro.

E até houve tempo para recitar Camões: 

A oposição está cativa de uma tabela.  Aquela cativa que me tem cativo, porque nela vivo já não quer que viva", concluiu o MInistro.

 

Continue a ler esta notícia