"Avanço" entre PCP e Governo para aumento do IRC - TVI

"Avanço" entre PCP e Governo para aumento do IRC

  • 9 nov 2017, 14:44
Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa "não jura a pés juntos", mas fala numa "grande abertura" do executivo socialista também para o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego

O PCP fala num “avanço” no “plano do compromisso” do Governo em aceitar, no Orçamento do Estado de 2018, o aumento do IRC para empresas com lucros superiores a 35 milhões de euros.

Podemos dizer que há um avanço, particularmente no plano do compromisso com o Governo do PS”.

Jerónimo de Sousa deu indicação disso mesmo na sede do PCP, em Lisboa, depois de um encontro com a Intervenção Democrática (ID). 

Apesar de “não jurar a pés juntos”, o secretário-geral dos comunistas portugueses afirmou que “existe grande abertura” da parte do executivo para acolher as duas propostas quanto ao aumento do IRC e do fim do corte de 10% no subsídio de desemprego, decretado pelo Governo PSD-CDS.

Jerónimo de Sousa lembrou, citado pela Lusa, que ainda está em curso o debate na especialidade do Orçamento do Estado em que estas duas questões serão decididas, antes da votação final global do Orçamento, em 27 de novembro.

O PCP, que votou a favor do Orçamento na generalidade, no parlamento, afirmou que o balanço é positivo, garantindo que não há medidas "em que se volte atrás".

Muitas são insuficientes e limitadas, mas são avanços. [A aprovação do OE2018 com o voto do PCP é um] contributo do PCP para melhorar a vida do povo".

Jerónimo de Sousa criticou o PS por ser "mais papista que o papa" quanto ao cumprimento do défice orçamental, acrescentando que bastaria uma pequena fatia do défice - 0,1 a 0,2% - para ter 600 milhões de euros e investir não só na resolução dos problemas causados pelos incêndios, mas também para desenvolver o país, aumentando a produção nacional.

Antes, João Vicente, da ID, afirmou a sua preocupação por poderem existir retrocessos quanto ao Orçamento, mas disse confiar no seu parceiro na CDU para ultrapassar.

"Receamos que a recuperação de direitos e rendimentos não prosssiga no ritmo que deveria", disse João Vicente.

 

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