Centeno admite "metas muito exigentes" mas Eurogrupo está com Portugal - TVI

Centeno admite "metas muito exigentes" mas Eurogrupo está com Portugal

Ministro das Finanças diz que os parceiros da zona euro têm uma posição "construtiva e positiva" sobre o documento que vai gerir as contas públicas em 2017. Sobre a Caixa Geral de Depósitos, destaca a competência de Paulo Macedo

Depois de explicar ao Eurogrupo como vai alcançar os objetivos orçamentais em 2017, o ministro das Finanças saiu da reunião com a certeza da posição “construtiva” dos parceiros da zona euro sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano. Apesar disso, Mário Centeno admitiu haver “metas muito exigentes”.

“A posição do Eurogrupo face ao orçamento português foi muito construtiva e positiva”, disse ao jornalistas, a seguir ao debate com os seus homólogos sobre o projeto orçamental português para o próximo ano e que teve por base os pareceres adotados pela Comissão Europeia em 16 de novembro passado.

“Portugal tem neste momento um conjunto de indicadores económicos muito positivos que vêm em crescendo, em aceleração desde o início do ano”, mas que não é totalmente refletido nesta avaliação do Eurogrupo, destacou ainda.

Caixa: capitalização segue, Macedo sumpre

O ministro foi ainda questionado pelos jornalistas sobre a capitalização da Caixa Geral de Depósitos e sobre o novo presidente executivo. Sobre isso, disse que não há “nenhuma razão” para se questionar o acordo com a Comissão Europeia, por um lado, e que Paulo Macedo “cumpre os requisitos”, por outro.

Mário Centeno referiu por diversas vezes que a questão da CGD, que “é um assunto doméstico”, não foi abordado na reunião de hoje, escusando-se por isso a fazer muitos comentários.

Ainda assim, garantiu que o processo de recapitalização deverá prosseguir como previsto, apesar da mudança da administração do banco.

“Não temos nenhuma razão para duvidar desse acordo de princípio que foi assinado pela Comissão Europeia. É evidente que temos todos que estar comprometidos com esse processo. Ele é muito importante e foi um enorme sucesso para a economia portuguesa”, começou por referir o ministro, para de seguida acrescentar que a mudança de administração não deve de forma alguma colocar em causa o processo.

É evidente que o profissionalismo da administração da Caixa vai manter-se, foi essa a base principal do acordo feito com a Comissão Europeia, e nesse contexto obviamente o dr. Paulo Macedo cumpre os requisitos”.

Questionado sobre quando será conhecida a restante equipa que acompanhará Paulo Macedo na administração do banco público e ainda sobre as razões da demissão de António Domingues, insistiu que o assunto não foi abordado na reunião de hoje do Eurogrupo, pelo que preferia falar do Orçamento do Estado para 2017, o tema discutido ao longo da primeira sessão de trabalhos.

Apesar de a administração de António Domingues só ter aguentado três meses à frente da Caixa Geral de Depósitos, o Presidente da República desdramatizou hoje essa questão e e diz que "a transição está a correr muito bem", vendo três vantagens nesta nova fase.

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