Desemprego: taxa histórica sem solução à vista - TVI

Desemprego: taxa histórica sem solução à vista

Emprego

Partidos da oposição reagem aos números do desemprego e acusam Governo de prosseguir com políticas erradas

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Os partidos da oposição reagiram esta sexta-feira aos números do desemprego, revelados pelo Eurostat, que atiram Portugal para um valor histórico: 10,4%.

«Portugal no pelotão da frente pelas piores razões

A deputada do PSD Rosário Águas afirmou ter «uma profunda preocupação» com a taxa de desemprego de 10,4 por cento, acusando o primeiro-ministro de «falta de realismo na apreciação da profunda crise» do país.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Rosário Águas afirma que, com estes dados, «Portugal passou a estar no pelotão da frente pelas piores razões, tanto na Zona Euro como na UE».

Para a deputada do PSD, «é muito prejudicial que o senhor primeiro-ministro continue a tapar o sol com uma peneira, fingindo que está tudo bem, quando não está».

Modelo económico é «uma fábrica de desemprego»

O líder parlamentar do CDS-PP considerou que o

crescimento do desemprego é potenciado pelo modelo económico baseado no investimento público, defendendo mais apoio às pequenas e médias empresas para criar postos de trabalho.

Para Pedro Mota Soares, o modelo económico actual, «assente quase única e exclusivamente no investimento público», é «uma fábrica de desemprego».

O CDS defende, em contrapartida, uma maior aposta «em quem cria postos de trabalho, as pequenas e médias empresas», reduzindo a carga fiscal sobre estas empresas.

Desemprego vai continuar a crescer, garante PCP

O PCP considerou que o desemprego vai continuar a crescer este ano, afirmando que as políticas previstas no Orçamento do Estado não permitem inverter a tendência de subida do número de desempregos.

«Ao contrário do que o Governo afirma, a espiral do desemprego não pára de crescer, com grandes preocupações por parte do PCP», disse à Lusa Jorge Machado, acrescentando que o OE «negociado à direita» e a recusa do Governo de alargar os critérios de atribuição do subsídio de desemprego são «dois factos muito preocupantes».

Para o PCP, o orçamento, «claramente de direita», não vai alterar as opções de fundo e «não vai responder à situação de crise».

Os comunistas exigem uma «alteração de fundo», a fim de «mudar a situação inaceitável de metade dos desempregados, cerca de 350 mil, não terem acesso ao subsídio de desemprego».

BE: Orçamento já não responde ao problema

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Aiveca considerou «muito preocupante» a subida da taxa de desemprego, e alertou que o Orçamento do Estado para 2010 «não dá respostas» à situação.

«Pior que esta situação é haver um orçamento que não responde a esta questão, ou seja, é um Orçamento já desactualizado antes mesmo de ser aprovado porque as verbas nele inscritas não correspondem nem respondem a uma situação absolutamente preocupante», afirmou a deputada do BE Mariana Aiveca.
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