Direita diz que "a máscara caiu" e silêncio de Costa é "ensurdecedor" - TVI

Direita diz que "a máscara caiu" e silêncio de Costa é "ensurdecedor"

PSD diz que com o Orçamento final para 2017 ficou evidente com quem é que o PS e o Governo querem negociar e que os apelos ao consenso são "só conversa". CDS-PP nota a "ausência" do primeiro-ministro do debate e relaciona-a com as polémicas na Caixa

Para o PSD, mais uma vez a experiência do Orçamento do Estado com o atual Governo mostrou que os apelos ao consenso são "só conversa". Para o CDS-PP, o documento que foi hoje aprovado pela esquerda parlamentar, com os votos contra da direita,  é uma "oportunidade perdida" porque não vira a página da austeridade e não tem medidas que ajudem o país a crescer de forma significativa. O debate ficou ainda marcado pela "ausência" do primeiro-ministro, segundo Assunção Cristas.

Do primeiro dia ao último dia não ouvimos nenhuma explicação do PM, não pudemos fazer qualquer pergunta ao primeiro-ministro e eu creio que isso deve-se porventura em boa parte ao incômodo que o senhor PM tem com um tema que andou em paralelo com o Orçamento, a Caixa e para o qual o silêncio do senhor PM é ensurdecedor. Tentamos várias vezes obter esclarecimentos. Continuaremos a tentar".

Veja também: Costa 'foge' a perguntas e promete gestão de rigor para 2017

Para a líder do CDS-PP, António Costa não teve "o mínimo de respeito democrático" pelo Parlamento por, ao não discursar, se furtar a responder aos deputados e o Orçamento tem medidas eleitoralistas: "Basta olhar para algumas das medidas relevantes para saber que vai bater os efeitos em vésperas de eleições autárquicas como também sabemos que em matéria de sobretaxa é calendário relevante", disse aos jornalistas, aludindo, no primeiro caso, às pensões.

Aprovado que está o Orçamento, os centristas prometem uma "oposição construtiva e uma política positiva", apesar de terem apresentado 53 propostas de alteração ao OE2017 e "apenas uma ou outra" terem sido aprovadas.

"PR pode ver quem está de boa fé"

Da parte do PSD falou aos jornalistas o líder parlamentar, Luís Montenegro, para quem o PS" fez uma opção muito clara esta legislatura e tem vindo a reiterá-la; aconteceu também agora na discussão do Orçamentos". Que opção?

"Não estar disponível para discutir com o PSD grandes temas que importam para o futuro do país. Demos uma oportunidade como foi aqui hoje reiterado fizemo-lo de peito aberto em áreas tão estruturantes como a captação de investimento e a dinamização da economia, como a Segurança Social, como a descentralização e a procura de um Estado mais eficiente. O PS chumbou todas as propostas", lembrou. 

Com isso deixou a nu aquilo que já era uma constatação que vinha de trás. É tudo conversa quando toca a falar em consensos e aproximação de posicoes. Esses consensos o PS  por vontade própria e voluntária consciente quer fazê-los e estabelecê-los com o BE e o PCP. Caiu a máscara, de facto. Só por hipocrisia, creio, o primeiro-ministro pode vir voltar a colocar em cima da mesa assunto de voltar a aproximar posições e procurar consensos". 
 

Montenegro deu o exemplo da proposta do PSD que incidia sobre a Segurança Social para criar um grupo de trabalho para discutir o assunto. "Nem isso foi acatado", lamentou.

Acredito que o senhor Presidente da República pode também tirar as suas ilações e verificar como todo o país quem está de boa fé e quem não está de boa fé". 

Também a Caixa Geral de Depósitos entrou no leque de perguntas e respostas e já tinha sido arma de arremesso da direita contra o Governo durante o debate. O líder parlamentar do PSD diz que "chega a ser doloroso ouvir membros do Governo atribuir ao PSD instabilidade na CGD" . "Vive esse clima de instabilidade precisamente pela falta de resposta e de transparência. Só tem um responsável: o governo e o primeiro-ministro". 

 

 

 

 

 

 

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