SIBS critica Pingo Doce por «afetar bem-estar das famílias» - TVI

SIBS critica Pingo Doce por «afetar bem-estar das famílias»

Entidade que gere o multibanco diz que sistema português é «conveniente, seguro e eficiente» pelo que tal não deve ser posto em causa

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A SIBS considera que limitar o uso de pagamentos com cartões - como o Pingo Doce quer fazer já a partir de setembro - afeta o bem-estar e a segurança dos consumidores.

Esta reação surge depois de ter sido noticiado que o Pingo Doce vai limitar estas operações a valores superiores a 20 euros.

«A eficiência e a conveniência do sistema de pagamentos português são reconhecidas internacionalmente como um dos melhores exemplos mundiais, tornando esta atividade numa das poucas onde Portugal assume posições de liderança internacional», considerou esta terça-feira a empresa de processamento de pagamentos eletrónicos, num comunicado publicado na sua página na Internet.

Para SIBS, este sistema tem-se revelado «conveniente, seguro, eficiente e inovador», pelo que tal não deve ser posto em causa, escreve a Lusa.

«Qualquer impedimento administrativo ao desfruto das vantagens de um tal sistema por parte do público em geral resulta, em última instância, no sacrifício do bem-estar dos consumidores, reduzindo-lhes a segurança e comodidade nos pagamentos», afirmou a empresa.

As comissões cobradas pela utilização dos terminais de pagamento eletrónico são, há muito, criticadas pelo setor da distribuição e do pequeno comércio. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal defende que haja um reajustamento das taxas cobradas pela banca para que a decisão do Pingo Doce não se «intensifique» no retalho.

Hoje, a APED revelou que, só nos últimos quatro anos, os seus associados pagaram 318 milhões de euros em taxas de custo de pagamento.

À Agência Financeira, o secretário-geral da DECO, Jorge Morgado, disse que a iniciativa do Pingo Doce é o mesmo que «voltar atrás num quadro que é bom, cómodo e seguro. A utilização do multibanco permite que os consumidores andem com menos dinheiro no bolso, com uma comodidade e segurança inquestionáveis». Assim, vão «obrigar os consumidores a andar de novo com mais dinheiro».

Os fiscalistas dizem que os supermercados não são obrigados a ter multibanco.

Segundo números do Banco Central Europeu, Portugal é o segundo país da Europa onde mais se usam os cartões de crédito e débito nas operações de pagamento.
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