A questão foi colocada pelos próprios interessados no negócio e a resposta, que consta de uma deliberação de 13 de maio, foi esta sexta-feira tornada pública no site da instituição liderada por Carlos Costa.
"A presente deliberação reitera as anteriores declarações do Banco de Portugal sobre os efeitos da medida de resolução."
Segundo a deliberação, a medida de resolução "excluiu da transferência para o Novo Banco as obrigações contraídas e as garantias prestadas pelo BES perante terceiros relativamente a qualquer tipo de responsabilidades de entidades do GES".
"Não foram transferidas para o Novo Banco as eventuais obrigações, garantias, responsabilidades ou contingências eventualmente assumidas pelo BES, nomeadamente perante clientes de retalho, na comercialização, intermediação financeira e distribuição de instrumentos de dívida emitidos por entidades que integram o Grupo Espírito Santo."
A Fosun, o Santander, os fundos Apollo e Cerberus e a Anbang são os interessados que se mantêm na corrida pela compra do Novo Banco.
Carlos Costa assegurou esta semana que o processo de venda do Novo Banco está na reta final , uma vez que se entrou na fase das "ofertas vinculativas", a serem entregues até 30 de junho.
A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) vai apresentar queixas-crime contra os responsáveis pela venda de papel comercial, deslocando-se a agências do Novo Banco para identificar os envolvidos no processo.