QREN: há 6 mil milhões à espera de serem usados - TVI

QREN: há 6 mil milhões à espera de serem usados

Denúncia foi feita por Heloísa Apolónia que acusou o ministro da Economia de ter «fechado a torneira ao investimento»

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«Dos 14 mil milhões de fundos comunitários, há seis mil milhões que poderiam estar já a ser aproveitados para fazer rolar a economia, mas não estão», disse a deputada d`Os Verdes, Heloísa Apolónia, no Parlamento, acusando o ministro da Economia: «O senhor fechou a torneira do investimento».

Álvaro Santos Pereira foi esta quinta-feira à Assembleia da República ouvir as críticas das bancada parlamentares sobre a gestão do QREN. Um debate de urgência convocado pelo PS, a 7 de março, depois de Passos Coelho ter admitido que é o ministro das Finanças que tem, agora, a última palavra nas decisões sobre os fundos comunitários, através da liderança de uma nova comissão constituída por sete ministérios.

Uma questão que o ministro da Economia, no plenário, atirou para trás das costas: «A tutela do QREN não tem de ter novelas jornalísticas».

Quanto a números, Álvaro Santos Pereira preferiu sublinhar a «operação de limpeza» que o seu ministério está a levar a cabo, no sentido de reorientar os fundos já atribuídos a projectos que, nos últimos seis meses, não foram executados. O Executivo pretende reorientar 1,5 mil milhões de euros. Nesse sentido, o governante admitiu hoje que «80 dos 100 projectos serão terminados».

Quanto à utilização do dinheiro europeu, Santos Pereira voltou a frisar que «não serão utilizados para construir rotundas».

«Até agora, a utilização dos fundos foram para seguir um modelo económico profundamente errado na ilusão de que grandes investimentos seriam propulsionadores de maior produtividade».

O objetivo é, então, «reorientar para o maior crescimento económico e não do endividamento e da fantasia onde os senhores deputados andaram durante anos».

Santos Pereira lançou ainda duras críticas ao PS, para quem «não se preocupa com questões de execução orçamental, pois andou anos com contabilidade de receitas extras e outro malabarismos», mas salvaguardou o «tom» do deputado Fernando Medina, a quem o ministro, por lapso, chamou Henrique Medina.

No início do debate, Santos Pereira garantiu que este governo já fez mais «em 8 meses do que nos últimos 15 anos» e que os fundos comunitários serão direcionados para o crescimento da economia e criação de emprego.
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