Fifty-fifty, ou próximo disso. A Parpública e a Atlantic Gateway, consórcio de Humberto Pedrosa e David Neeleman, notificaram a Autoridade da Concorrência sobre o controlo conjunto da TAP.
Em comunicado, a Autoridade da Concorrência informa que a notificação lhe chegou a 20 de julho. O consórcio Neelman/Pedrosa, que venceu o concurso de privatização da TAP, detém 61% e irá ficar com 45% do capital da companhia. Poderá posteriormente adquirir mais 5%, das ações que deverão ser colocadas à disposição dos trabalhadores.
Com o acordo, agora foremalmento comunicado à Autoridade da Concorrência, a estatal Parpública assume 50% do capital da TAP. Cada uma das partes irá nomear seis administradores da empresa, sendo que o presidente, indicado pelo Estado, terá voto de qualidade.
Última palavra é da Aviação Civil
Além da Autoridade da Concorrência, o processo da TAP terá ainda de ser submetido à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), o regulador, que tem a palavra final, mas está ainda a analisar o processo anterior, quando o consórcio ficou com 61% do grupo.
A nova estrutura acionista da TAP foi renegociada pelo governo de António Costa, que se bateu pela manutenção de uma posição do Estado, capaz de manter o controlo da empresa.
Ao mesmo tempo temos um acionista privado, temos uma empresa mais capitalizada, mais forte, destinada a assegurar o emprego dos trabalhadores, mas sobretudo uma empresa muito importante para o turismo e para o país na relação com a lusofonia”, foram palavras então proferidas pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.