"De todo": Passos recusa ser responsável pelo peso do Banif no défice - TVI

"De todo": Passos recusa ser responsável pelo peso do Banif no défice

Défice disparou para 4,4% em 2015, mas ex-primeiro-ministro diz que isso aconteceu não por qualquer decisão tomada durante o seu Governo. E que o resto está por esclarecer na comissão de inquérito sobre o caso

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho diz que não tem nada a ver com o peso do Banif no défice de 2015. O seu sucessor, António Costa, tomou posse no final de novembro e em dezembro o banco foi sujeito a uma resolução que o atual líder do PSD faz notar que não foi decidida por si. Daí recusar qualquer responsabilidade nos encargos que o Banif representa para as contas do Estado. 

"Não de todo, não foi uma matéria que tivesse acontecido enquanto eu estive no Governo. Não respeita a nenhuma decisão que nós tivéssemos tomado no Governo. Fica por esclarecer - ainda está em esclarecimento na comissão de inquérito - o que é que aconteceu desde que esse Governo terminou, o que é aconteceu que obrigou o Banco de Portugal à decisão de resolver o banco e de o resolver nessas circunstâncias"

O Banif fez o défice disparar de 3% para 4,4% no final de 2015, confirmou esta quinta-feira o Eurostat.

O líder social-democrata disse ainda, à saída de uma conferência promovida pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que o seu executivo tentou "melhorar a situação do banco ao longo dos três anos em que se injetaram capitais públicos" na instituição

"Não me parece que seja uma consequência da ação negativa do anterior Governo. A ação foi, dadas as circunstancias, até bastante positiva", vincou, segundo a Lusa.

De qualquer forma, acrescentou, o valor que deve ser tido em conta não deve incluir esses "efeitos extraordinários", mas "o que é permanente".

Passos Coelho desvalorizou ainda o facto de, mesmo excluindo os encargos do Banif, o valor do défice de 2015 ter ficado acima da previsão de 2,7% do Executivo PSD/CDS-PP que liderou. 

"O que era importante era que o défice não ficasse acima dos 3%. [Logo no verão] ficou claro que os 2,7% não seriam alcançáveis".

 

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