Passos só vê "falhanços" e acusa Governo de manobras para metas - TVI

Passos só vê "falhanços" e acusa Governo de manobras para metas

Líder do PSD tem uma explicação para executivo socialista conseguir ter um défice abaixo de 3% e anuncia o esperado voto contra do seu partido ao documento na votação na generalidade

Sem surpresas, o presidente do PSD e ex-primeiro-ministro anunciou que o seu partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo de António Costa. O executivo mereceu um rol de críticas por parte do líder da oposição, que deixou ainda um repto ao primeiro-ministro, aproveitando a boleia de BE e PCP sobre a renegociação da dívida. 

Já lá vamos. Começamos pelas palavras de Passos Coelho para caracterizar a atuação do Governo até aqui, que para o PSD não abona nada a favor de 2017.

O Governo falhou as metas

A estratégia desenhada pelo Governo falhou". 

Passos fez notar que a dívida, "prevê o governo", vai aumentar. "O crescimento vai ficar abaixo da meta de 1,8% que o governo exigia". O investimento e o emprego "não cresceram o que executivo socialista" também estimava.

Como conseguir que o défice fica abaixo dos 3% já este ano? O líder do PSD tem uma explicação: "Hoje é notório que o cumprimento do défice abaixo de 3% só poderá ocorrer com receitas extraordinárias que o Governo aprovou, com uma queda forte nunca vista do investimento público planeado mas também daquele que tinha sido executado no ano anterior e o anúncio de cativações permanentes num processo inédito no país",.

"A ordem é não gastar, aguentar e ganhar tempo".

O Governo "não consegue explicar, nem a maioria consegue, porque é que precisa de medidas extraordinárias para tempos de normalidade", atirou ainda, referindo-se aos "novos impostos, transferência de impostos diretos para tributação indireta", a título de exemplo.

Passos conclui que a equipa e Costa e Centeno - a quem se dirigiu com bastante ironia - é exímia no "rigor eleitoral", mas faz opções de "injustiça social gritante".

O elemento mais importante [do debate orçamental] não é a dívida ou o défice, mas sim a falta de estratégia".

Aproveitou ainda para lançar um repto ao primeiro-ministro, depois de Bloco e PCP terem, por várias vezes nestes dois dias, avisado que vão insistir na renegociação da dívida, mais do que apenas o alívio dos juros com o qual ontem o próprio ministro das Finanças concordou. Passos quer, por isso, ouvir o que Costa tem a dizer, já que só fala no encerramento do debate.

Não deixe de dizer se vai ou não renegociar os juros da dívida"

O líder do PSD recebeu um prolongado aplauso da sua bancada, ao abandonar o púlpito.

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