Pedir mais empréstimos «é extremamente perigoso» - TVI

Pedir mais empréstimos «é extremamente perigoso»

Jerónimo de Sousa, PCP

Opinião é de Jerónimo de Sousa para quem «a riqueza maior» do país é «o capital humano»

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É «extremamente perigoso» que a solução para Portugal passe por pedir mais empréstimos. A opinião é do líder do PCP para quem é «um crime» não «confiar nos portugueses».

No dia em que a Comissão Europeia prevê que a dívida pública ultrapasse o valor do PIB este ano, atingindo 101,7%, e que o INE anunciou que a economia portuguesa entrou oficialmente em recessão, Jerónimo de Sousa salientou ser esta a «consequência lógica de quem hoje recorre sistematicamente a pedidos de empréstimo».

«A tal Europa que devia ser solidária aplicou taxas de juro que levarão, inevitavelmente, à questão que hoje o PCP coloca da necessidade da renegociação da dívida. Nós não dizemos que não pagamos, o problema é que qualquer dia não podemos pagar com taxas de juro tão elevadas», lamentou o comunista citado pela Lusa.

Por isso, Jerónimo de Sousa considera que «será profundamente perigoso que se encontre como solução pedir mais empréstimos a taxas de juro brutais, incompatíveis e insustentáveis em termos de pagamento» e que «ficar apenas nesta expectativa e não confiar nos portugueses é um crime».

Para Jerónimo de Sousa, a recessão «vai não só manter-se como possivelmente agravar-se» em resultado da «crise do capitalismo» e «das medidas que são preconizadas pela troika».

«Temos uma riqueza maior que é o capital humano, são os trabalhadores, os quadros técnicos, intelectuais. Temos um país cheio de potencialidades, desde o subsolo à agricultura e é por aí que temos que ir, não é pedir emprestado para pagar empréstimos, não é cortando nos salários e nas condições de vida das pessoas que encontramos a solução para o país e portugueses».

Jerónimo de Sousa manifestou ainda a sua «preocupação» quanto à Segurança Social, num momento em que «se visa a sua descapitalização e parte da sua privatização» o que «terá reflexos fundamentalmente em relação às novas gerações».
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