CDS anuncia projecto para actualizar pensões - TVI

CDS anuncia projecto para actualizar pensões

Paulo Portas na tomada de posse

Partido vai apresentar inicitiva no Parlamento para que reformas mais baixas sejam sempre actualizadas pela inflação

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O líder do CDS-PP, Paulo Portas, anunciou este sábado que na próxima semana o partido agendará um projecto que garante que as pensões mais baixas serão sempre actualizadas pela inflação média, mesmo que haja sacrifícios, avança a agência Lusa.

Paulo Portas sublinhou que, com as medidas previstas no chamado PEC 4, as pensões mais baixas poderão vir a baixar cerca de 10 por cento, devido ao aumento da inflação.

«Por isso, o CDS agendará na próxima semana um projecto que garante a estes pensionistas que, mesmo que haja sacrifícios, a sua pensão é actualizada pela inflação média», afirmou, no seu discurso de abertura perante o 24.º Congresso do CDS-PP, a decorrer em Viseu.

Portas disse que, só nos próximos anos, estão previstos «76 milhões de euros para um TGV que o país sabe que não pode pagar».

«É exactamente o valor necessário para que as pensões não sejam congeladas. É possível evitar esta barbaridade social que é congelar as pensões mais baixas», defendeu.

Garantindo que o CDS «não desistirá de ser a voz tribunícia dos mais pobres em Portugal», Portas acusou PS e PSD de «apagamento» nas questões sociais.

«Pela minha parte não deixarei nunca que as questões sociais - desemprego, pobreza e os reformados - sejam apenas abordadas pelos partidos mais à esquerda. Tendo razão nas injustiças que denunciam, não têm razão, como nós temos, nas soluções que propõe», defendeu.

O líder do CDS-PP deixou a promessa de que o seu partido «não deixará ultrapassar a fronteira dos sacrifícios» a quem já não tem o mínimo para sobreviver, acusando o Governo de começar por «prometer tudo a todos» e acabar «a negar o essencial aos que não o têm».

Propostas do partido

Portas recuperou algumas das que têm sido as propostas do CDS, defendendo crédito fiscal para quem cria postos de trabalho e para quem tem capacidade exportadora e alterações nos contratos a termo.

«Eu prefiro um contracto efectivo que um contrato a termo, um contrato a termo a um recibo verde e um recibo verde ao desemprego. Em tempo de recessão, com tantas falências e pouca confiança nas empresas eu prefiro um contrato a termo que se renova do que um contrato a termo que vai acabar», disse.

Por isso, o CDS vai levar ao Parlamento na próxima semana um projecto que já tinha anunciado, visando que os contratos a termo que caduquem em 2011 sejam renovados.

No final do seu discurso de 75 minutos, e sempre enquadrado no ecrã gigante pelo slogan «Liderança para Portugal», Portas fez questão de deixar uma palavra aos jovens e à geração que chamou de pós-partidária.
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