O ministério das Finanças defendeu esta terça-feira que o novo corte do «rating» de Portugal não causou surpresa, considerando-o uma «consequência da crise política resultante da rejeição do Programa de Estabilidade e crescimento [PEC]».
De acordo com o ministério de Teixeira dos Santos, o corte aplicado à avaliação de Portugal pela Standard & Poor¿s (S&P) «é também consequência da crise política resultante da rejeição do PEC e dos riscos acrescidos para o país no quadro geral das dificuldades da Zona Euro».
«A rejeição do PEC foi a rasteira que lançou por terra o país e o incapacita de reagir de forma apropriada», disse o mesmo ministério, numa nota citada pela Lusa, acrescentando ainda que estes downgrades não são «surpresa».
Mais, sustenta, que «Portugal, com o apoio obtido por parte da Comissão, do Banco Central Europeu e do Conselho Europeu em relação ao PEC, estava em melhores condições de enfrentar as dificuldades».
A S&P cortou hoje o rating de Portugal em um nível, tanto na dívida de longo prazo como no curto prazo, ficando a nota de Portugal a um nível de ser considerada «lixo» (junk).
O que diz ministério sobre previsões do BdP?
Quanto às previsões do Banco de Portugal (BdP) - que revêem em baixa o crescimento económico para este ano e 2012 - o ministério apenas diz que estimativas são «o reflexo da evolução negativa da procura interna».
Finanças: cortes do «rating» resultam da rejeição do PEC
- Redação
- CPS
- 29 mar 2011, 17:53
«Downgrades» não são «surpresa»
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