O advogado e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, voltou a reiterar que haverá uma reunião na segunda-feira no Ministério das Infraestruturas com o Governo, na segunda-feira, mas que ainda não sabe se a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) estará presente nesse encontro, marcado para as 11:00. Os motoristas vão levar uma nova proposta.
Há uma reunião marcada com o Ministério das Infraestruturas na segunda-feira onde levaremos esta proposta. Estamos a aguardar se a ANTRAM estará presente ou não nesta reunião. Queríamos muito que estivesse porque da nossa parte há toda a vontade de evitar esta greve.
O responsável sublinhou que se a ANTRAM não estiver presente "demonstra que não quer negociar".
Espero que os portugueses compreendam que se a ANTRAM não estiver presente nesta reunião está a demonstrar que não quer negociar."
Pedro Pardal Henriques foi mais longe e afirmou que, se a greve dos motoristas, marcada para 12 de agosto, acontecer a culpa é da ANTRAM.
A acontecer, a responsável pela greve de dia 12, é a ANTRAM. Nós estamos de boa fé, estamos disponíveis para encontrar uma solução conjunta."
Os motoristas estiveram reunidos este sábado à tarde em Leça da Palmeira. No final, Pedro Pardal Henriques explicou aos jornalistas a nova proposta de aumentos que os motoristas vão tentar negociar e que prevê um salário base de 1000 euros em 2025.
O que ficou acordado no protocolo foi que em 2022 os motoristas recebiam 900 euros e isto ficou acordado no protocolo; a ANTRAM aceitou e agora diz que não quer aceitar. Aquilo que nós estamos a propôr é, em 2025, 1000 euros de salário base."
"Em vez de estarmos a negociar a dois anos negociamos até 2025, propondo aumentos faseados de uma forma mais suave para as empresas. (...) A ANTRAM disse que não conseguia aumentar os salários em 100 euros a cada ano então nos propusemos que agora suba para os 700 euros, como a ANTRAM já declarou que é possível, em 2021 suba para 800 euros e depois 50 euros por ano até ao ano de 2025", acrescentou.