O ministro da Economia afirmou que os contratos de investimento estrangeiro captados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) atingiram "um novo máximo" em 2019, tendo o investimento empresarial privado aumentado 9,2%.
Pedro Siza Vieira falava na comissão parlamentar conjunta de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).
"Conseguimos no ano passado o nível máximo de investimento direto estrangeiro no nosso país que alguma vez tivemos", salientou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.
"Mais uma vez os contratos de investimento estrangeiro captados pela AICEP atingiram um novo máximo, ou seja, o investimento empresarial privado no nosso país cresceu 9,2%", prosseguiu o governante.
"Apesar do nível de fiscalidade, estamos a ver ritmos de crescimento do investimento muito vigorosos", sublinhou Pedro Siza Vieira.
O ministro afirmou ainda que, "no contexto em que o país se encontra, fazer agora baixar os impostos só iria fazer crescer a dívida e o défice", o que teria impacto na subida dos juros da dívida.
"Precisamos de fazer crescer a produtividade da nossa economia"
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse que é preciso "fazer crescer a produtividade" da economia e que tal "depende de investimento".
"Nós estamos a crescer suportados no crescimento e isso acontece no contexto de desendividamento da nossa economia", afirmou o governante.
Destacando que a autonomia das empresas não financeiras atingiu o novo máximo de 38,4%, segundo dados do Banco de Portugal, divulgados esta quinta-feira, Pedro Siza Vieira sublinhou, no entanto, que é preciso "fazer crescer a produtividade da economia" e que isso "depende de investimento".
O governante apontou, ainda, a competitividade das empresas portuguesas e dos rendimentos do trabalho como fatores "críticos" para a retenção do talento no país e que, "parte disso é conseguido com aquilo que no Orçamento do Estado (OE) se dirige à fiscalidade das empresas".
Questionado pelo deputado do PSD Afonso Oliveira sobre o aumento da carga fiscal previsto no OE para 2020, Siza Vieira considerou que esta é uma "questão francamente esgotada".
"Neste momento, o país tem uma situação financeira sólida. Assim possamos nós, senhor deputado, ter a capacidade de execução dos projetos para que temos dinheiro disponível", defendeu o ministro.