Metro: reformados "muito satisfeitos" com reposição complementos - TVI

Metro: reformados "muito satisfeitos" com reposição complementos

Greve no metro de Lisboa (Lusa)

Plenário parlamentar vai debater propostas legislativas que têm como objetivo repor os complementos de reforma dos trabalhadores das empresas do setor empresarial do Estado

Os reformados e pensionistas do Metropolitano de Lisboa estão “muito satisfeitos” com as iniciativas parlamentares do PCP e do BE para a reposição, este ano, dos seus complementos de reforma, disse hoje um dos seus representantes.

“Estamos muito satisfeitos. Esta era uma promessa eleitoral”, disse à Lusa Pedro Vazão de Almeida, da comissão dos reformados e pensionistas do Metro de Lisboa.

Por decisão do anterior Governo, a 01 de janeiro de 2014, os reformados e pensionistas do Metro deixaram de receber o complemento de reforma, que lhes tinha sido atribuído pela empresa para minimizar as penalizações que a Segurança Social aplica pelas reformas antecipadas.

Hoje, o plenário parlamentar vai debater propostas legislativas do PS, PCP e BE que têm como objetivo repor os complementos de reforma dos trabalhadores das empresas do setor empresarial do Estado.

À Lusa, Pedro Vazão de Almeida disse que apenas reivindicam que a medida “venha a ser retroativa a janeiro de 2016” porque “o atraso na aprovação do Orçamento do Estado teve que ver com algumas questões” a que os visados são alheios.

“Não queremos que os reformados e pensionistas sejam ainda mais castigados”, acrescentou.

Pedro Vazão de Almeida frisou que ficaram “ainda mais revoltados” quando o Tribunal Constitucional considerou inconstitucional a suspensão das reformas vitalícias aos políticos.

“Sentimos que houve dois pesos e duas medidas”, afirmou, acrescentando que “havia muito mais razões para declarar inconstitucional” a medida tomada em relação aos reformados e pensionistas do Metro.

Segundo Pedro Vazão de Almeida, o fim dos complementos de reforma implicou perdas superiores a 60% para todas as pessoas que se reformaram aos 55 anos e reduções entre 40% a 60% para todas as reformas antecipadas.

A comissão convocou todos os reformados e pensionistas para estarem presentes hoje nas galerias da Assembleia da República e assistirem ao debate.

Desde a suspensão dos complementos de reforma, os reformados e pensionistas realizaram várias manifestações de protesto e chagaram mesmo a invadir as instalações da sede do Metro para, simbolicamente, reocupar os seus postos de trabalho.

 
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