Crise? Procura por energia vai disparar 25% em duas décadas - TVI

Crise? Procura por energia vai disparar 25% em duas décadas

  • 13 nov 2018, 09:05
Petróleo

Agência Internacional de Energia alerta que é necessário mais investimento na produção de petróleo para evitar uma "crise de abastecimento" a médio prazo

O alerta é da Agência Internacional de Energia: a procura global de energia vai aumentar mais de 25% até 2040, ou seja, nos próximos 21 anos. Por isso, exige-se mais investimento na produção de petróleo, de modo a evitar uma "crise de abastecimento" a médio prazo.

Na segunda-feira, a AIE apresentou em Londres o seu relatório anual, assinalando que esse aumento da procura virá das economias em desenvolvimento da Ásia, especialmente da Índia, que devem ultrapassar os Estados Unidos e a União Europeia em 2025 como os principais consumidores.

O consumo de petróleo vai aumentar devido à área dos transportes, especialmente aviões, camiões e navios de carga. Já no caso dos carros haverá um declínio após 2025, de acordo com o documento Perspetivas para a energia global de 2018, aqui citado pela Lusa.

A mesma agência alerta também que, apesar do avanço das fontes renováveis, o mundo está longe de atingir os objetivos contra a mudança climática.

A procura de combustíveis fósseis vai continuar a crescer globalmente nos próximos anos, que serão parcialmente cobertos pelo petróleo dos Estados Unidos, que vão tornar-se "no maior produtor mundial", em meados da próxima década.

A AIE observou também que a liderança norte-americana na produção de petróleo e gás "vai exercer pressão" sobre os países produtores de petróleo convencionais, muitos deles membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que "dependem das receitas das exportações para sustentar o desenvolvimento a nível nacional".

Esses países produtores deverão quase dobrar o investimento em extração de petróleo a curto prazo, para evitar "uma escassez de oferta e uma escalada de preços", em meados da próxima década, dado que o petróleo dos EUA será insuficiente para alimentar a procura.

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