Operadora brasileira Oi pode falir na Holanda - TVI

Operadora brasileira Oi pode falir na Holanda

Oi

Administradores judiciais que coordenam a suspensão de pagamentos de subsidiárias defenderam pedidos de conversão dos processos em procedimentos de falência

A operadora brasileira Oi, da qual a Pharol - uma das empresas que surgiu do fim para Portugal Telecom - é  maior acionista, informou nesta quinta-feira que os administradores judiciais que coordenam a suspensão de pagamentos de subsidiárias na Holanda protocolaram pedidos de conversão dos processos em procedimentos de falência.

Segundo a companhia, a Corte Distrital de Amsterdão determinou que a audiência, em relação aos pedidos, aconteça em 12 de janeiro.

"A Oi reitera que a eventual conversão estaria restrita à jurisdição e lei holandesas e espera que disso não resultem impactos significativos na recuperação judicial, no seu caixa e nem no dia-a-dia da companhia no Brasil", afirmou a empresa.

Em junho passado, a Oi entrou com um pedido de recuperação judicial na comarca da capital do estado do Rio de Janeiro para tentar manter a continuidade do negócio.

Foi esta empresa que ficou, após a cisão da Portugal Telecom SGPS em duas, com a responsabilidade de reembolso a quem investiu em obrigações da antiga operadora portuguesa A sua situação financeira complicada dificulta o cumprimento de compromissos, nomeadamente para com os obrigacionistas. 

Tanto a situação dos obrigacionistas como a recuperação da Oi estão longe de ter um desfecho.

Entretanto, a Oi continua a trabalhar no plano de recuperação judicial, apresentado em junho deste ano. E, segundo a operadora anunciou na passada semana, em comunicado ao reguldaor do mercado brasileiro, já avançou com uma proposta que prevê o pagamento de parte da dívida a cerca de 58 mil credores.

Tal proposta, a avançar, pode resultar "em um desembolso pela companhia de um valor de até 783 milhões de reais (216 milhões de euros)", detalhou, que tem uma dívida total de 65 mil milhões de reais (perto de 18 mil milhões de euros) – o valor mais elevado de sempre da história brasileira presente num pedido de recuperação judicial.
 

 

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