Ano fecha com previsões de crescimento otimistas (mas menos) - TVI

Ano fecha com previsões de crescimento otimistas (mas menos)

Economia desacelerou no terceiro trimestre e primeiros dados sobre o quarto trimestre fazem ISEG manter em dezembro estimativa de expansão do PIB que tinha em novembro, para o conjunto de 2017, ainda assim com menor confiança

O indicador de tendência da atividade económica elaborado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão foi evoluindo ao longo dos meses. Os economistas do ISEG chegaram a prever um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2,6% e 3%, mas no mês passado baixaram esse intervalo para entre 2,6% e 2,8%. Previsão que se mantém na síntese de conjuntura de dezembro, que a TVI24 divulga em primeira mão.

Como temos feito todos os meses, medimos o pulso à economia com a ajuda do ISEG, que este mês aponta para uma “maior probabilidade” para banda inferior do intervalo, ou seja, que o crescimento económico fique mais próximo de 2,6%.

Mesmo assim, esta estimativa é melhor do que a do Governo, que no Programa de Estabilidade aponta para uma expansão económica de 1,8%. No verão, o ministro das Finanças já arriscava um crescimento de pelo menos 2% para o ano de 2017.

O otimismo agora mais moderado do ISEG baseia-se numa série de indicadores do terceiro trimestre (julho a setembro) e alguns já do quarto trimestre, o último do ano.

Ora, o crescimento do PIB desacelerou no terceiro trimestre (para 2,5%). As importações cresceram mais do que exportações. Neste caso, destaca-se a queda nos serviços, em particular no turismo).

Apesar disso, procura interna aumentou: o consumo privado 2,5% (acima dois trimestres anteriores); o consumo público passou para patamar positivo, ainda que muito ligeiro (0,2%); o investimento cresceu mais 9,6%.

Quanto aos dados do quarto trimestre (ainda quase só de outubro), verifica-se uma desaceleração nos principais indicadores, mas a confiança e o clima económico estão em alta.

O ISEG nota que a melhoria da confiança na construção (as vendas de cimento aumentara, 13% em novembro) e nos serviços. Já no comércio a retalho há uma estagnação e, na indústria, uma descida. Porém, é de assinalar o desempenho do setor automóvel. A produção de carros cresceu mais de 70% só em outubro e novembro.

Quanto à confiança dos consumidores, embora tenha descido ligeiramente em novembro, continua em máximos históricos. Alavancas que permitem perspetivar uma expansão económica melhor do que o Governo pensava inicialmente, ainda que com sinais de desaceleração.

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