«Deixo aqui um apelo aos três sindicatos que ainda ficaram de fora [do grupo de trabalho criado entre o Governo e os nove sindicatos que desconvocaram hoje a greve para os dias 27 a 30 de dezembro]: não é tarde para se juntarem à negociação, desconvoquem a greve e nós desconvocaremos a requisição civil», disse António Pires de Lima, numa conferência de imprensa que hoje se realizou no Ministério da Economia, em Lisboa.
O governante adiantou que «o único compromisso foi não aprovar o caderno de encargos [para a privatização de 66% da TAP] até 15 de janeiro e mostrar abertura para discutir um conjunto de matérias que para os trabalhadores são fundamentais».
O ministro da Economia, António Pires de Lima, reiterou que «a privatização da TAP a 66% não está em causa, nem podia estar», pelo que «vai avançar», mas disse que, como o caderno de encargos para a privatização da empresa só será fechado a 15 de janeiro, o documento «será ainda influenciado pelas conclusões do grupo de trabalho».
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Nove de doze sindicatos representantes dos trabalhadores da TAP anunciaram esta quarta-feira, em comunicado, a desconvocação da greve marcada para os dias 27 a 30 de dezembro.
«Os sindicatos signatários e o Governo aceitaram as bases de um memorando visando a criação das condições subjacentes ao funcionamento do Grupo de Trabalho, no âmbito da eventual reprivatização do Grupo TAP», anunciaram os sindicatos dos Economistas, dos Engenheiros, dos Contabilistas, das Indústrias Metalúrgicas e Afins, dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, dos Pilotos da Aviação Civil, dos Quadros da Aviação Comercial, dos Técnicos de Handling de Aeroportos e o Sindicato Nacional dos Engenheiros, considerando por isso que estão «reunidas as condições para a desconvocação da greve».