Governo devia pagar subsídios de férias no verão - TVI

Governo devia pagar subsídios de férias no verão

Pires de Lima diz que austeridade está a ter custos pesados para o país que só se explicam pelas imposições internacionais

O Governo devia pagar os subsídios de férias da função pública no verão, defendeu esta quarta-feira o presidente executivo da Unicer, Pires de Lima.

O gestor diz que, se as necessidades de financiamento do Estado para este ano estão asseguradas, então o executivo devia pagar os subsídios no verão, para ajudar a animar a economia.

Declarações proferidas após a conferência de imprensa onde a cervejeira apresentou os resultados de 2012.

Recorde-se que o Governo anunciou o pagamento dos subsídios acima de 1.100 euros apenas em novembro.

«Gostaríamos que o país não se afundasse com a praia à vista»

O presidente da comissão executiva da Unicer diz que o programa de ajustamento está a ter graves consequências sociais e que todos esperam que o país não se afunde «com a praia à vista».

«Acho que é um processo que está a ter consequências económicas e sociais excessivas, muito violentas, indesejáveis, que só se compreende que continue nos exatos termos em que continua por obrigação de ditames internacionais», afirmou António Pires de Lima, no final da conferência de imprensa de apresentação dos resultados do ano passado.

O também presidente da mesa do conselho nacional do CDS-PP expressou, ainda, uma esperança do lado do setor empresarial português.

«Todos nós que trabalhamos nas empresas, gestores, empresários, gostaríamos seguramente que o país não se afundasse com a praia à vista, isto é, que este processo não termine mal e, portanto, que termine com o regresso de Portugal aos mercados e com a reconquista da nossa soberania financeira», afirmou, citado pela Lusa.

Apesar dos sinais positivos que encontra ao longo do último ano, ainda assim, o presidente da comissão executiva da Unicer disse que gostaria que «este processo fosse feito com o maior respeito pela economia, pelas empresas e pelas pessoas».

Pires de Lima lembrou que é difícil para uma empresa «sobreviver e resistir num ambiente de empobrecimento tão forte como este, cuja maior tradução é o desemprego».
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