Propostas do PS são "muito perigosas" para a Segurança Social - TVI

Propostas do PS são "muito perigosas" para a Segurança Social

Pires de Lima (LUSA)

Ministro da Economia considera que algumas propostas em matéria da Taxa Social Única põem em causa a sustentabilidade da SS, além de serem "contraditórias" com a oposição que o PS tem feito ao Governo

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O ministro da Economia, António Pires de Lima, considerou, esta sexta-feira, que algumas propostas do projeto de programa eleitoral do PS em matéria de Taxa Social Única (TSU) são "muito perigosas" para a sustentabilidade da Segurança Social.

"Algumas propostas que [o PS] fez em matéria de TSU são contraditórias com toda a oposição que o Partido Socialista tem feito a este Governo e são muito perigosas do ponto de vista financeiro para a sustentabilidade da Segurança Social", disse António Pires de Lima, à margem do encerramento da WEDO Technologies Worldwide User Group Conference'15, que hoje decorreu em Lisboa.

A versão para debate público do projeto de programa eleitoral do PS, datado de 20 de maio, apresenta uma versão mais "cautelosa" da proposta de descida da TSU para trabalhadores e empresas em quatro pontos percentuais, mantendo a redução para os primeiros e condicionando a diminuição para as empresas à "consolidação" de novas fontes de financiamento.

Pires de Lima disse que "se o PS recuar em algumas das propostas que fez e que põem em causa a sustentabilidade da Segurança Social", isso "serão boas notícias para o programa do PS".

O governante falou também nos números positivos da balança comercial de bens e serviços, sublinhando que esta última área "está de parabéns porque tem dado um contributo excelente para a recuperação económica e para o 'superavit' das contas externas" e voltou a deixar novos recados ao maior partido da oposição.

"Numa altura em que o debate político muitas vezes cai num registo de picardia desagradável, vale a pena existirem alguns políticos que puxam pelo lado bom daquilo que tem Portugal, do que fazem os portugueses e em que nós somos realmente competitivos", disse.

O ministro da Economia frisou ainda que "as notícias boas que chegam à vida das pessoas vão-se acumulando" e, como tal, "os discursos demasiadamente radicais e de políticos zangados com a realidade são cada vez são menos atrativos".

"A generalidade do discurso que é feito pela generalidade das pessoas respeitáveis dos partidos da oposição está cada vez mais dessintonizada com este sentimento de esperança e confiança que os portugueses têm no caminho que está a ser feito. Espero que isso seja cada vez mais notório para as pessoas à medida que nos vamos aproximando da data que em que os portugueses são chamados a votar", afirmou.
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