Cofres do Estado vão investir 6.700 milhões em reformas até 2020 - TVI

Cofres do Estado vão investir 6.700 milhões em reformas até 2020

Pedro Marques

Programa Nacional de Reformas vai absorver 25 mil milhões de euros nos próximos quatro anos, sendo que metade vem dos fundos comunitários. Por ano, investimento público rondará pouco mais do que os mil milhões de euros, segundo o Governo, que conta com verbas provenientes de todos os ministérios

O Plano Nacional de Reformas vai absorver 25 mil milhões de euros até 2020. Metade desse dinheiro virá dos fundos comunitários e 6,7 mil milhões de comparticipação nacional, ou seja, investimento público, anunciou o ministro do Planeamento, Pedro Marques, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças, depois de aprovados, em Conselho de Ministros, os programas de Estabilidade e este a que nos referimos.

Terá Portugal capacidade de investir 6,7 mil milhões de euros nos próximos anos? À pergunta dos jornlaistas, Pedro Marques alegou que o investimento anual pouco ultrapassará os mil milhões de euros por ano e que essas verbas serão provenientes de todos os ministérios, representando "escolhas de políticas públicas".

O ministro procurou traçar uma linha de demarcação face ao executivo anterior, advogando que agora se pretende "alinhar o país por cima" em matéria de competitividade, através de uma aposta na qualificação de recursos humanos, das empresas, do Estado e território, cita a Lusa.

140 medidas

Na perspetiva do ministro do Planeamento, o Programa Nacional de Reformas contém 140 "medidas concretas, todas calendarizadas e orçamentadas".

"Até 2020, envolvem um conjunto global de recursos na ordem dos 25 mil milhões de euros, sendo cerca de metade do programa ‘Portugal 2020' e depois cerca de 6,7 mil milhões do Orçamento do Estado e o restante de outras fontes de financiamento, como o ‘Plano Juncker' ou a partir do Banco Europeu de Investimentos. As medidas incidem em áreas como a educação, a inovação, a contratação de docentes, a abertura de vagas na rede pré-escolar, a atração de investimentos ancora, a aposta na mobilidade elétrica e na reabilitação urbana, e a concessão de melhores condições ao nível da inserção das empresas no mercado exportador"

Em suma, para o Governo, o documento constitui mesmo "um programa de ação para a modernização da economia portuguesa".

"Queremos alinhar o país por cima e não por baixo. É manifesto que não foi por via da degradação das condições laborais, sociais e da degradação salarial que Portugal conseguiu reganhar competitividade", declarou, em nova crítica ao anterior Governo.

O Executivo socialista está confiante que Bruxelas dará luz verde aos programas hoje apresentados, alegando que os cenários são prudentes e que a execução orçamental dos primeiros meses de 2016 é já "um cartão de visita".

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