Covid-19: media privados pedem intervenção do Governo para salvar o setor - TVI

Covid-19: media privados pedem intervenção do Governo para salvar o setor

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Plataforma de Media Privados está surpreendida e preocupada por falta de plano de apoio à comunicação social, agora especialmente fragilizada

 A Plataforma de Media Privados (PMP), constituída pelos grupos editoriais da Media Capital, Cofina, Global Media, Impresa, Público e Renascença está preocupada pelo facto de o Governo não ter qualquer programa de ação para os media, tendo em conta os profundos impactos sobre o setor, devido à atual crise provocada pela pandemia de Covid-19.

A quebra pronunciada de receitas, os fortes acréscimos de custos, as dificuldades na produção, logística e distribuição de publicações não minam a nossa vontade, mas comprometem seriamente a nossa sobrevivência se nada for feito para apoiar quem pretende manter-se ao serviço de todos."

Num comunicado enviado às redações esta sexta-feira, a Plataforma exige medidas urgentes que permitam a manutenção da sobrevivência dos órgãos de comunicação social privados em Portugal.

Não esperamos menos do que o previsto para os setores do Turismo e da Cultura. Impõem-se medidas urgentes, para as quais estamos, desde já, disponíveis para contribuir."

Ainda assim, a PMP reconhece positivamente as propostas anunciadas pelo Governo no que diz respeito à flexibilização das contribuições tributárias, mas regista que "nada é avançado para eliminar a situação de imoralidade fiscal de que beneficiam as plataformas e outros concorrentes globais instalados no nosso território", ou seja, plataformas como a Google ou o Facebook. Os Media Privados consideram que introduzir obrigações sobre estes atores permitiria mitigar os efeitos orçamentais negativos da crise e "introduzir decência no mercado, agora especialmente fragilizado".

A associação lembra que o estado de emergência em vigor não deve impedir o normal funcionamento da "cadeia de valor informativa, da produção à distribuição, incluindo a manutenção dos pontos de venda", isto porque, se tal se verificar, não conseguem cumprir a missão para a qual existem, informar.

Por fim, a Plataforma mostra-se dedicada em trabalhar para que os órgãos de informação que dela fazem parte consigam ultrapassar a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, diz-se solidária com os portugueses e elogia os media nacionais, que "têm demonstrado uma abnegação sem reservas, não se furtando a riscos e sacrifícios no exercício da sua missão".

A posição pública da Plataforma de Media Privados surge um dia depois do 'Dinheiro Vivo' ter noticiado que a associação iria apresentar ao Governo um conjunto de medidas para um plano de resgate para os órgãos de informação, de modo a minimizar o impacto da pandemia no setor.

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