António Costa garante défice "abaixo, com conforto" dos 2,5% - TVI

António Costa garante défice "abaixo, com conforto" dos 2,5%

Primeiro-ministro lembrou que, com aprovação do Orçamento, "a política orçamental está definida, aprovada, estabilizada" até metade da legislatura. E diz que exportações vão subir 6% este ano

O primeiro-ministro enquadrou a promulgação pelo Presidente da República do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) entre os fatores de estabilidade política e garantiu que o défice este ano ficará abaixo de 2,5%, a meta europeia.

António Costa falava esta quarta-feira, perante os membros do Conselho da Diáspora das Comunidades Portuguesas, em São Bento.

Pela primeira vez teremos o nosso défice orçamental a cumprir as regras da União Europeia. Agora, que já faltam poucos dias para o final do ano, já podemos dizer com tranquilidade e segurança que o défice ficará mesmo abaixo dos 2,5%, o limite que tinha sido fixado pela Comissão Europeia. Ficaremos abaixo, com conforto, dos 2,5%", declarou o chefe do Executivo.

"Reduzir progressivamente a nossa dívida"

Falando a empresários e outros portugueses espalhados pelo mundo, o primeiro-ministro sublinhou "a estabilidade politica e social que vivemos hoje, num mundo que está cheio de incertezas". Motivos para enfrentar em 2017, o desafio de começar a saldar a dívida pública.

No próximo ano iremos começar a reduzir progressivamente a nossa dívida que, como todos sabem, é elevada. E tudo isto cria condições para reforçar a confiança na economia portuguesa", sublinhou António Costa.

Do mesmo modo, considerando que governa num clima de estabilidade, o primeiro-ministro prometeu dar andamento às reformas estruturais.

Vamos concentrarmo-nos no essencial, o plano nacional de reformas que foi aprovado já em abril pela Comissão Europeia e que se centra em resolver os problemas estruturais quen têm bloqueado a nossa economia desde o princípio do século", afirmou António Costa, considerando "haver condições para [o plano] ser executado com determinação".

"Subir a parte mais difícil da montanha"

António Costa defendeu que, este ano que agora acaba, "do ponto de vista económico, é também um momento de viragem" para o país que retomou "uma trajetória de crescimento".

No terceiro trimestre fomos mesmo o país da União Europeia que mais cresceu em termos homólogos, fomos aquele que mais emprego criámos em cadeia e o nível de investimento externo tem subido significativamente", frisou o primeiro-ministro.

Além do investimento de capital externo em Portugal, António Costa sublinhou também o aumento das exportações. Que conseguiram superar "dificuldades em alguns mercados importantes para nós".

Têm encontrado novos caminhos e vão crescer mais de 6% este ano. E como nos últimos 20 anos, todos os anos as exportações têm crescido, cada ano que crescemos significa subir a parte mais difícil da montanha", sublinhou o primeiro-ministro.

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