"Neste momento, [a crise grega] não afeta rigorosamente nada e eu espero que não venha a afetar, obviamente. Não podemos antecipar, conscientemente, qualquer tipo de turbulência que venha a ocorrer nos mercados. Mas o Governo não antecipa qualquer dificuldade relativamente à antecipação dos nossos próprios pagamentos. O país neste momento está perfeitamente dotado de meios financeiros e de capacidade financeira"
Se a Grécia está à beira do default, sem dinheiro para pagar ao FMI no dia 30 de junho - e Christine Lagarde já avisou que desta vez não vai haver lugar a adiamentos - em Portugal o calendário é, não só para cumprir, como até para antecipar.
"Pretendemos prosseguir essa estratégia porque é essa a estratégia que melhor defende os interesses financeiros nacionais e os contribuintes portugueses", justificou Marques Guedes.
Isto porque, pagando mais cedo, menos juros os contribuintes "terão de pagar" pela dívida decorrente do resgate acordado com a troika em 2011.
O representante do Fundo Monetário Internacional em Portugal veio dizer hoje que duvida que Portugal consiga obter um défice abaixo dos 3% este ano.