Um porta-voz da empresa, que atravessa o pior escândalo da sua história, disse hoje em Wolfsburgo, sede do grupo Volkswagen, que a adoção das medidas nada custará aos proprietários dos automóveis afetados.
"Os custos são enormes mas é totalmente compreensível que não serão os clientes a assumi-los", enfatizou o porta-voz do grupo Volkswagen.
Nas próximas semanas o maior fabricante de veículos do mundo estará pronto para estabelecer um calendário para incorporar a solução nos 11 milhões de veículos em que se identificou como portadores do 'software' que manipula as emissões de gases poluentes.
A empresa considera que a partir da próxima semana os concessionários serão capazes de comunicar aos clientes as datas concretas para a revisão.
A Volkswagen está em contacto com as autoridades de todos os países onde se venderam veículos manipulados, acrescentou o porta-voz.
Governo alemão pede à Volkswagen para recuperar credibilidade
O governo alemão pediu hoje ao grupo Volkswagen que trabalhe para recuperar a "confiança e a credibilidade" depois de a sua reputação ter sido destruída.
O ministro da Presidência, o cristão-democrata Pater Altmaier, disse numa entrevista ao diário "Tagesspiegel am Sonntag" que a Volkswagen deve trabalhar para sanar os danos na sua imagem.
"O objetivo primordial deve ser recuperar a confiança e a credibilidade. Esta situação não afetou só a própria empresa, os seus trabalhadores e os seus clientes, mas também toda a indústria alemã", disse Pater Altmaier.
O grupo Volkswagen reconheceu que colocou em 11 milhões de veículos um dispositivo que identifica quando o carro está a ser submetido a testes, emitindo assim menos gases poluentes para cumprir os limites impostos pelas autoridades de vários países.
O escândalo, revelado no passado dia 18 de setembro, já custou o lugar do presidente executivo do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, que foi sustituido por Matthias Müller, ex-presidente da Porsche, uma das marcas do grupo.