​Via Verde: efeito ex-SCUT fez disparar vendas - TVI

​Via Verde: efeito ex-SCUT fez disparar vendas

Ciclista circula na autoestrada porque era o caminho mais curto

Segundo a Brisa, no início de 2011 as auto-estradas concessionadas pela empresa registaram um aumento de trafego em cerca de 4,2%

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Apesar de a Brisa não ser concessionária de nenhuma das ex-SCUT, a introdução das portagens trouxe aumentos significativos na receita da empresa, nomeadamente através da venda de identificadores da Via Verde.

«Face à evolução natural das vendas de identificadores, o acréscimo verificado naquele período rondou os 70-80%», revela a empresa à TVI.

Em Outubro de 2010, com o início da cobrança de portagens nas concessões Costa de Prata, Norte Litoral e Grande Porto, que até então eram auto-estradas sem custos para o utilizador, fez com que se registasse uma redução de tráfego.

A A1 (Norte), A3 (Porto/Valença) e A4 (Porto/Amarante) foram as auto-estradas da Brisa que registaram um maior efeito positivo, ao terem captado parte do tráfego que deixou de circular nestas concessões.

Ainda assim, segundo a Brisa, em 2010 a introdução de portagens naquelas concessões teve um efeito acumulado negativo de 1,5% no tráfego na rede. «Já em 2011 o efeito foi positivo em cerca de 4,2%. Desde então, não se verificaram variações significativas atribuíveis a esse efeito».

Questionada pela TVI sobre queixas dos automobilistas que garantem estar a receber cartas das Finanças com notificações de incumprimento quando têm Via Verde válida e a funcionar, a Brisa garante que «não há qualquer processo na Autoridade Tributária que não tenha sido objeto de notificação a solicitar o pagamento das taxas de portagem e dos custos administrativos».

A empresa sublinha que, registada a impossibilidade do débito bancário, a Via Verde contacta os clientes, utilizando para tal os elementos contratuais que constam da sua base de dados. Findo este ciclo de contactos, caso a dívida não seja regularizada, passa a ser considerada contra-ordenação e portanto a ser tratada no âmbito de um processo de cobrança coerciva.

Nesta fase, o cliente volta a ser notificado para que proceda ao pagamento da taxa de portagem devida, agora acrescida dos custos administrativos determinados na Lei.

Só após esta fase, garante a Brisa, é que o processo segue para a Autoridade Tributária.

«Sempre que existe um problema associado à cobrança, os semáforos da via acendem luz amarela, alertando o cliente para que algo está errado, devendo estes contactar a Via Verde», remata a empresa.
 
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