Ministro da Agricultura defende solução “duplamente satisfatória” para travar greve dos estivadores - TVI

Ministro da Agricultura defende solução “duplamente satisfatória” para travar greve dos estivadores

(REUTERS)

Capoulas Santos está preocupado com a situação depois de ter estado a falar com os principais operadores económicos do setor alimentar

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, manifestou-se hoje preocupado com a greve dos estivadores e disse esperar que seja possível encontrar uma solução "duplamente satisfatória" com a maior brevidade, noticia a agência Lusa.

"É uma questão que nos preocupa. Temos estado a falar com os principais operadores económicos no setor alimentar, quer para as pessoas, quer para os animais", e "preocupa-nos muitíssimo porque é uma situação grave para o país", disse o ministro da Agricultura, no parlamento.

O governante, que esteve hoje a ser ouvido na Comissão parlamentar de Agricultura e Mar, respondia a uma questão colocada pelo deputado do PS Nuno Serra sobre o impacto da greve dos estivadores no setor agroalimentar.

"Espero que seja possível encontrar uma solução negociada, duplamente satisfatória, tão depressa quanto possível", afirmou Capoulas Santos.

Cerca de 40 estivadores estiveram hoje concentrados durante perto de nove horas na entrada do Porto de Lisboa, entre as 09:00 e as 18:00, depois de a PSP ter enviado uma equipa de várias dezenas de elementos para o local, para acompanhar a saída de contentores retidos há cerca de um mês naquele local, quando os estivadores começaram a greve.

Os operadores do Porto de Lisboa vão avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, depois de o sindicato dos estivadores ter recusado, na sexta-feira, uma nova proposta para um novo contrato coletivo de trabalho.

A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, arrancou a 20 de abril com os estivadores do Porto de Lisboa em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins de semana e dias feriados.

De acordo com o último pré-aviso, a greve vai prolongar-se até 16 de junho.

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