FMI revê em baixa previsão de défice para este ano - TVI

FMI revê em baixa previsão de défice para este ano

Christine Lagarde (EPA/GIAN EHRENZELLER)

Ainda assim, continua acima dos 3%, a linha vermelha do défice excessivo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) continua a não acreditar que Portugal consiga reduzir o défice abaixo dos 3% do PIB este ano, o que, a confirmar-se, manterá o país em défice excessivo, em conformidade com as regras europeias.

Mas ainda assim, prevê que o défice orçamental seja de 3,1% no final deste ano, uma décima abaixo da previsão anterior, divulgada em abril deste ano.

O Fundo também piorou as estimativas para a dívida pública portuguesa deste ano e do próximo, mantendo-se mais pessimista do que o Governo e prevendo que continue a representar mais de 125% do PIB nos dois anos.

No relatório sobre a segunda missão de monitorização pós-programa divulgado em agosto, quando foram conhecidas as últimas previsões da instituição sobre a dívida pública portuguesa, o Fundo antecipava que a dívida pública atingisse os 127,1% do PIB em 2015 e os 124,4% do PIB em 2016.

O Fundo manteve as previsões de crescimento em Portugal, antecipando um crescimento de 1,6% este ano e de 1,5% no próximo, mas esperando agora uma taxa de desemprego menor. 

De acordo com o 'World Economic Outlook', divulgado esta terça-feira, o FMI antecipa que o PIB de Portugal cresça 1,6% em 2015 e que cresça ligeiramente menos (1,5%) em 2016, mantendo assim as previsões apresentadas na edição de abril deste relatório bianual. 

Para 2020, a instituição liderada por Christine Lagarde continua a prever um crescimento da economia portuguesa de 1,2%.E antecipa um défice orçamental de 3,1% no final deste ano, uma décima abaixo da previsão anterior, divulgada em abril deste ano. 

No entanto, as previsões para o desemprego do Fundo são agora ligeiramente mais otimistas do que as apresentadas em abril, antecipando-se que a taxa de desemprego caia para os 12,3% este ano e para os 11,3% no próximo (o que compara com a estimativa anterior de 13,1% em 2015 e de 12,6% em 2016). 
 
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