Eficiência energética: empresas poupam 132 ME em dez anos - TVI

Eficiência energética: empresas poupam 132 ME em dez anos

Dinheiro [Reuters]

Projetos foram analisados em três vertentes: redução do consumo anual de energia, redução das emissões de CO2 e impacto financeiro

Dezassete projetos de eficiência energética desenvolvidos, a partir de 2013, por 15 empresas portuguesas originaram uma poupança conjunta, por cada ano, de cerca de 13 milhões de euros, indicou esta sexta-feira o Conselho Empresarial para o Desenvovimento Sustentável (BCSD).

O objetivo da ação do BCSD (AÇÃO 7) "é demonstrar o valor gerado por projetos de eficiência energética (...) e até que ponto a eficiência energética é crítica para a competitividade das empresas e para a sustentabilidade dos negócios", indica a estrutura, em comunicado.

Estas 15 empresas "têm um volume de negócios agregado superior a 19 mil milhões de euros e empregam mais de 137 mil colaboradores", adianta.

"A cinco anos, a poupança agregada [pelas 15 empresas] atinge os 64 milhões de euros e, a 10 anos, os 132 milhões de euros, números que evidenciam bem as vantagens da adoção de medidas de eficiência energética".


Os 17 projetos foram analisados em três vertentes: redução do consumo anual de energia, redução das emissões de CO2 e impacto financeiro.

Na vertente de redução do consumo anual de energia, os projetos permitiram "uma redução de 15 mil tep (toneladas equivalentes de petróleo)", o que "equivale a 7% do consumo de energia das empresas analisadas e que é comparável ao consumo anual de 1.250 famílias portuguesas", adianta o BCSD.

O objetivo estipulado no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE) para a redução do consumo de energia primária para 2020 é de 25% e parte desse objetivo pode vir a ser cumprido com base em projetos desta natureza, indica.

Os 17 projetos atingiram uma redução global de 21% das emissões de CO2, valor que se encontra em linha com os objetivos do Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), que prevê uma redução dos gases com efeito de estufa entre 18% e 23% até 2020.

"O prazo de recuperação do investimento depende das caraterísticas dos projetos", mas três em cada quatro registaram um prazo inferior a 4,6 anos, de acordo com o comunicado.

As 15 empresas estudadas foram a ANA-Aeroportos de Portugal, Bosch Termotecnologia, Brisa, Caixa Geral de Depósitos, Cimpor, CTT–Correios de Portugal, Ferpinta, Grupo Jerónimo Martins, LIPOR, Metropolitano de Lisboa, Nestlé Portugal, NOS, Soja de Portugal, Sonae MC, Vieira de Almeida & Associados (advogados).
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