Namoro, namoro, contas à parte. Ou nem por isso? - TVI

Namoro, namoro, contas à parte. Ou nem por isso?

Mais de 50% dos casais que se divorcia diz que o grande conflito entre eles era o dinheiro. Ficam aqui dicas para "salvar" a situação

A gestão do dinheiro em família nem sempre é fácil. O dinheiro pode representar poder e controlo emocional e em sociedades maioritariamente católicas, como a portuguesa, existe pudor em falar sobre dinheiro porque ainda associamos o que valemos ao que ganhamos e onde gastamos.

“Confundimos o que temos com o que somos”, disse a especialista em educação financeira, Susana Albuquerque, no espaço da Economia 24 do “Diário da Manhã” da TVI.

Sabia que mais de 50% dos casais que se divorcia diz que o grande conflito entre eles era o dinheiro.

“Numa relação a dois é necessário falar e compreender as razões que levam cada um a tomar determinada decisão financeira”, refere Susana Albuquerque. De resto, não só por causa do dinheiro, a melhor dica para uma relação saudável é mesmo o diálogo.

Cada pessoa no casal tem uma personalidade financeira única e normalmente os opostos atraem-se: um poupado pode casar ou namorar com um gastador ou um poupado pode atrair um forreta, o mesmo se diga em relação ao risco – um pode ser mais audaz e o outro mais conservador.

O que também influencia a forma como cada membro do casal gasta dinheiro são os seus valores pessoais únicos, o que é mais importante para cada um.

“Se o mais importante para mim é a minha carreira, é natural que eu gaste mais dinheiro em coisas relacionadas com a minha profissão. Mas se, por exemplo, o que mais valorizo são os filhos, então é natural que vá gastar mais dinheiro em tudo o que se relacione com eles”, acrescenta a especialista.

E se tem dúvidas sobre a forma como colocar esta conversa em prática, o melhor mesmo é fazer e para isso Susana Albuquerque deixa 4 dicas:

1- Tire 1 hora por mês num momento calmo para fazer contas e falar só sobre dinheiro

2- Crie uma conta conjunta para as despesas comuns 

O ideal é o casal ter 3 contas: uma para despesas comuns alimentada pelos dois e outras duas contas individuais separadas. Este é, sem dúvida, o modelo ideal. Já foi alvo de muitos estudos e reflexões e é o mais eficaz. Mas cada casal é diferente e podem funcionar com qualquer outro modelo

3- Contribua para as despesas comuns na percentagem daquilo que ganha – quem ganha mais deverá contribuir mais

4- Estabeleça objetivos comuns de poupança

Se tiver filhos nunca se esqueça que o melhor exemplo vem de cima e isso também vale para a relação com o dinheiro. Já diz o ditado "de pequenino..."

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