Os taxistas querem aumentar substancialmente os preços em determinadas alturas do ano. A proposta da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) foi enviada ao Governo ainda em junho, mas ainda não obteve resposta.
A edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias dá conta dos valores: os taxistas querem que a bandeirada passe a ser de seis euros no Natal e no Ano Novo e querem subir em 20% os valores cobrados aos passageiros no verão, nomeadamente em julho e agosto.
O presidente da associação, Florêncio Almeida, diz que os cálculos tiveram por base aquilo que é praticado em vários países da Europa e lamenta não ter recebido ainda um feedback por parte do Governo.
O Ministério da Economia está ainda a analisar a proposta, numa altura crítica para o setor, que anda há meses a protestar contra a Uber e a Cabiby. Na semana passada, o Governo deu a conhecer o seu decreto-lei para a legalização destas plataformas. Os taxistas rapidamente apontaram uma série de injustiças.
Antes disso, já tinham prometido acampar na Assembleia da República a partir de segunda-feira, 10 de outubro. E a manifestação vai mesmo para a frente, com a ANTRAL à espera de mais de 6.000 profissionais nas ruas com os seus veículos.
Percurso da manif e negociações com a PSP
Os representantes do setor vão reunir-se com a Polícia de Segurança Pública esta sexta-feira, pelas 10:30, para acordarem pormenores do protesto de taxistas na capital.
Questionado sobre a possibilidade de, no protesto contra as plataformas Uber e Cabify, os taxistas estacionarem os carros e seguirem a pé até à Assembleia da República, Florêncio de Almeida disse à agência Lusa que “isso nunca” será aceitável, frisando que “não há qualquer negociação” nesse sentido. “Os carros têm que ir até à Assembleia da República”, afirmou.
Os taxistas estão disponíveis para negociar, caso a alteração ao percurso seja “mais viável para todos”. No entanto, Florêncio de Almeida frisou que, se não concordar com a alteração do percurso, não vai abdicar dos percursos que tem em mente.
Já traçámos o percurso, desta vez igual ao da última [manifestação], porque foi uma negociação que fizemos com a PSP, que é descer a Avenida da Liberdade até à rua do Arsenal, em vez de irmos pelo Largo do Rato, porque teríamos mais espaço para estacionarmos”.
Neste sentido, o representante do setor do táxi não vê qualquer motivo para que a PSP queira alterar o percurso da manifestação.
ente, que os obriga a determinados preceitos financeiros e de segurança, por exemplo, para poderem exercer a sua atividade.
O Governo vai regulamentar a atividade de plataformas eletrónicas como a Cabify e a Uber até ao final do ano, revelou o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, no final de setembro passado.