A Caixa Económica Montepio Geral agravou os prejuízos em 8 milhões de euros até setembro, em comparação como os primeiros nove meses do ano passado. O resultado foi negativo em 67,5 milhões de euros (-59,5 milhões em 2015).
Já se nos centrarmos apenas no terceiro trimestre de 2016, isto é, entre julho e setembro, o resultado líquido foi ligeiramente positivo, situando-se na ordem dos 144 mil euros.
No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a entidade liderada por José Félix Morgado destaca que isso "inverte a tendência recente de resultados trimestrais negativos".
Quanto ao prejuízo no acumulado dos primeiros nove meses do ano, o Montepio sublinhou que o mesmo se deve aos "impactos específicos ocorridos no primeiro semestre, relacionados com os custos com o processo de redimensionamento da estrutura operativa [que custou até agora 32 milhões de euros], com as contribuições sobre o setor bancário para o Fundo Único de Resolução e para o Fundo de Resolução Nacional e com perdas em investimentos financeiros".
E realça no mesmo comunicado: "Antes destes impactos, o resultado líquido dos primeiros nove meses de 2016 fixou-se em 22,6 milhões de euros".
Até setembro saíram 222 trabalhadores do Montepio e fecharam 90 balcões em Portugal, estando abertos ao público 332. Assim, no final do terceiro trimestre, o grupo tinha 4.182 funcionários.
A rede internacional conta ainda com mais 30 balcões, que se têm mantido sem alterações, entre o Finibanco Angola e o banco de Moçambique.
A margem financeira cresceu 10,3%, face ao período homólogo e os depósitos de clientes também aumentaram 39,6 milhões, mais 0,3%.
O Montepio fechou a sessão desta quinta-feira, em bolsa, a recuar 0,23% para 0,433 euros. A reação a estes resultados produzir-se-á na sessão de amanhã, sexta-feira, a última da semana.