«Tive conhecimento por ser o presidente da comissão executiva do banco e fui eu o principal responsável por ordenar esta operação de 14 milhões»
Depois, o ex-presidente do BESA retificou o verbo: «É uma operação de um cliente, não ordeno, autorizo».
Recorde-se que Ricardo Salgado, na sua audição a 9 de dezembro, refugiou-se no segredo de justiça para não abordar a questão, dizendo que «esse assunto já foi largamente divulgado» e que era matéria do «foro pessoal», enquadrada por segredo de justiça pelo Ministério Público.
Também o ex-administrador do Grupo Espírito Santo Pedro Mosqueira do Amaral já tinha confirmado, no Parlamento, o presente, dizendo que Salgado não se alongou e disse, numa reunião do conselho superior do GES, que era um assunto «pessoal», que não tinha «nada a ver com o grupo e com o banco».
Antes dele, Manuel Fernando Espírito Santo, outro ex-administrador do grupo, considerou que essa «liberalidade» - como foi designada a prenda - não é «normal». José Maria Ricciardi foi mais longe, tendo classificado de «inaceitável» o primo rival ter recebido uma prenda de um cliente.