“O que se pretende para a SATA é estabilidade" - TVI

“O que se pretende para a SATA é estabilidade"

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Presidente da SATA indigitado diz que maior desafio é garantir estabilidade financeira

O presidente indigitado para o conselho de administração da SATA afirmou hoje que o seu maior desafio será “evitar sobressaltos e garantir a estabilidade” financeira do grupo, acrescentando que aceitou o convite com “compromisso total”.

“O que se pretende para a SATA é estabilidade. Acho que há condições para resolver alguns constrangimentos. Tudo requer trabalho”, afirmou Paulo Menezes na audição da Comissão Permanente de Economia do parlamento dos Açores, em Ponta Delgada.

O Governo Regional dos Açores anunciou a 30 de novembro, em comunicado, que o atual presidente da administração da companhia aérea SATA, Luís Parreirão, vai deixar o cargo "por razões profissionais, relativas a um projeto empresarial privado", sendo substituído pelo engenheiro Paulo Menezes.

De acordo com a legislação em vigor, o parlamento dos Açores é chamado a dar parecer, mas que não é vinculativo, sobre a nomeação pelo Governo Regional para gestores de empresas públicas, antes de assumirem funções.

Perante os deputados, Paulo Menezes assumiu que sempre gostou de desafios, que aceitou o convite para gerir a SATA sem nada impor e por entender que tem condições para “abraçar mais este desafio”, com “compromisso total”.

“Se gosto do projeto avanço. Todos reconhecem que gosto de consensos e que sou de fácil trato”, afirmou o presidente indigitado para a SATA, alegando que conhece alguns membros do conselho de administração que se mantêm em funções e evitando assumir se fará ou não alguma substituição na equipa.

Questionado sobre o plano de estratégico da SATA (2015 – 2020), Paulo Menezes considerou tratar-se de um documento “bem estruturado e com muitas qualidades”, que já teve oportunidade de ler previamente, assegurando, no entanto, que estes documentos vão sendo “ajustados, afinados e corrigidos pela dinâmica das coisas”.

Paulo Menezes assumiu que terá de reler com “mais cuidado” o documento, com o qual concorda e que foi aprovado pelo anterior conselho de administração da SATA e pelo Governo Regional, como representante da região enquanto acionista único na empresa pública.

O presidente indigitado para a SATA disse que parte do princípio que a dívida da região à transportadora aérea será paga faseadamente até 2020, tal como já anunciou o secretário regional do Turismo e Transportes.

Quanto a alegadas ingerências da tutela na SATA, confessou ter muita dificuldade em entender o que são ingerências, lembrando que o acionista tem lugar próprio para dar orientações e, além disso, enquanto concedente de serviço público tem de “exigir e alertar para o cumprimento do contrato”.

“A intervenção do Governo Regional no passado era assim e no futuro espero que assim seja”, afirmou Paulo Menezes, acrescentando que fará da satisfação dos clientes da SATA um dos principais objetivos da sua gestão.

O relatório da Comissão Permanente de Economia, com a apreciação dos deputados e respetiva votação, será elaborado “até ao final desta semana”, disse o presidente da comissão, o socialista Francisco César.

Depois o documento será enviado ao Governo Regional.

O secretário regional do Turismo e Transportes disse no início de dezembro que o engenheiro Paulo Menezes dá “todas as garantias, pela sua competência, de vir a desempenhar um bom papel e prosseguir com o trabalho que está a ser feito na empresa, nomeadamente com a concretização do plano de negócios (2015 – 2020)”.

Paulo Menezes é licenciado em Engenharia Eletrotécnica e, entre 1997 e 2004, exerceu as funções de diretor regional dos Transportes e Comunicações, com a tutela da área dos transportes aéreos e do grupo SATA.
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