Sindicatos: trabalhadores vão fazer história ao comprar 5% da TAP - TVI

Sindicatos: trabalhadores vão fazer história ao comprar 5% da TAP

Porta-voz da plataforma recebeu a garantia que o memorando assinado com o anterior governo se mantém

O porta-voz da plataforma de oito sindicatos da TAP, André Teives, garante que os trabalhadores da companhia aérea vão fazer história na compra da posição de 5% do capital que lhes foi reservada na privatização da TAP.

“Na ANA – Aeroportos de Portugal nem 1% do capital foi subscrito pelos trabalhadores. Veremos que no caso da TAP vai ser muito diferente”, afirmou o dirigente sindical, no final de uma reunião com o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins.

Em declarações aos jornalistas, André Teives disse que os trabalhadores da TAP, através da plataforma de sindicatos, fizeram história ao serem os únicos que influenciaram o caderno de encargos de uma privatização, o que voltará a acontecer quando a operação de venda aos trabalhadores for lançada, o que, acrescentou, "deve acontecer em breve".

"Os trabalhadores da TAP vivem muito a empresa. Sabemos que a TAP é diferente e, fruto dessa diferença, verão que o que aconteceu com a ANA e com os CTT, em que nem 1% foi subscrito [pelos trabalhadores], será muito diferente", declarou o presidente do sindicato dos técnicos do ‘handling’ (assistência nos aeroportos), adiantando que "pessoal" e "institucionalmente" gostaria que os trabalhadores ficassem com os 5% que lhes estão reservados no caderno de encargos.

O jornal Público noticia hoje que os serviços jurídicos do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) estão a analisar a possibilidade de criar uma estrutura que junte todos os funcionários que querem entrar no capital da companhia para que os trabalhadores fiquem com 5% da TAP.

Questionado sobre a iniciativa do SPAC, André Teives disse desconhecer, mas mostrou-se disponível para trabalhar em conjunto nesse fim.

O SPAC chegou a integrar a plataforma de sindicatos que, em dezembro de 2014, assinou um memorando de entendimento com o governo de Passos Coelho, no qual ficaram salvaguardadas garantias para os trabalhadores, como a não existência de despedimentos coletivos durante "um determinado período de tempo", que será o mais longo, entre o Estado se manter acionista ou 30 meses, o que levou os sindicatos a desconvocarem uma greve que abrangia o Natal e a passagem de ano.

Depois, com a marcação de uma greve de dez dias, o SPAC deixou de integrar esta plataforma de sindicatos.

André Teives disse aos jornalistas que as salvaguardas vertidas nesse memorando se mantêm, referindo que o documento foi "elogiado" pelo secretário de Estado Guilherme W. d’Oliveira Martins.

 

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