TAP: ficaram os candidatos com “propostas vinculativas”, diz Portas - TVI

TAP: ficaram os candidatos com “propostas vinculativas”, diz Portas

Vice-primeiro ministro comenta decisão governamental de afastar o consórcio de Miguel Pais do Amaral do processo de privatização

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O vice-primeiro ministro, Paulo Portas, confrontado com a decisão governamental de afastar o consórcio de Miguel Pais do Amaral do processo de privatização da TAP, sublinhou esta quinta-feira que "foram selecionados os candidatos que tinham propostas vinculativas."

Questionado sobre se não temia que, com a passagem de três para duas propostas, o processo ficasse fragilizado, Paulo Portas, começando por dizer que não queria comentar este tema para "não se substituir ao que foi dito em Conselho de Ministros", acabou por aludir ao caderno de encargos.

"Foram selecionados os dois candidatos que tinham propostas vinculativas. Se outro candidato apresentou uma proposta não vinculativa, quer dizer que não se vinculava a essa proposta, e nos termos do caderno de encargos eram exigidas propostas vinculativas", referiu.

O Governo decidiu, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, passar dois candidatos à compra da TAP à fase de negociação, afastando o consórcio de Miguel Pais do Amaral e continuando a negociar com Gérman Efromovich e David Neeleman.

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou na habitual conferência de imprensa do Conselho de Ministros que o relatório da Parpública decidiu afastar a proposta da Quifel, de Pais do Amaral, "por não cumprir os requisitos legais".

O vice-primeiro ministro, que falava aos jornalistas à saída de uma visita à fábrica Inapal Metal, localizada no concelho da Trofa, distrito do Porto, aproveitou, ainda, para "assinalar", a propósito do seu calendário de visitas a empresas do Norte, que "a economia portuguesa está progressivamente a ir para uma situação melhor."

"Nós ficamos a perceber hoje como é que evoluíram as nossas contas externas no primeiro trimestre deste ano. Portugal teve um saldo positivo na casa dos 350 milhões de euros e no primeiro trimestre do ano passado tinha tido um saldo negativo na casa dos 170 milhões de euros. Isto significa que recuperamos mais de 500 milhões de euros e que no fundo exportamos mais do que importamos e recebemos mais do que pagamos", descreveu.

Paulo Portas vincou que "quando a tendência é positiva, é evidente que os reflexos acabam por chegar à vida quotidiana das famílias e das pessoas."
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