Grécia vai privatizar portos, aeroportos regionais e operadora elétrica - TVI

Grécia vai privatizar portos, aeroportos regionais e operadora elétrica

Alexis Tsipras [Lusa]

Medidas constam no memorando de entendimento para o país helénico. Privatizações a realizar pelo governo de Alexis Tsipras deverão atingir o montante de 6,4 mil milhões de dólares entre 2015 e 2017

O memorando de entendimento para a Grécia conseguir um terceiro programa de resgate prevê que o país helénico privatize rapidamente os portos de Piréu e de Salónica, os aeroportos regionais e a sua operadora de energia elétrica.
 
De acordo com o documento de 29 páginas a que a agência Reuters teve acesso, as privatizações a realizar pelo governo de Alexis Tsipras deverão atingir um total de 6,4 mil milhões de dólares entre 2015 e 2017.

O memorando apresenta uma série de medidas que o Governo grego terá de implementar para conseguir um financiamento de 85 mil milhões de euros.
 
Atenas compromete-se a dar “passos irreversíveis” em outubro para que a operadora de energia elétrica ADMIE seja privatizada. A privatização só é excluída caso seja possível uma alternativa que permita ao Governo grego um encaixe financeiro semelhante. 
 
O Executivo helénico também se compromete a privatizar os 14 aeroportos regionais. Recorde-se que estas privatizações foram suspensas depois de o Syriza ter vencido as eleições em janeiro. No final do ano passado, a transportadora alemã Fraport estava em vantagem na corrida à compra dos aeroportos.

Em relação às privatização dos portos de Piréu e Salónica, os prazos deverão ser anunciados no final do mês de outubro. 

O Governo grego já submeteu o texto do acordo ao Parlamento para que seja votado esta quinta-feira. O objetivo é apresentar o documento no dia seguinte aos ministros das Finanças da Zona Euro.

Caso se concretize, este cenário permite a entrada em vigor do novo plano de ajustamento antes de 20 de agosto, data em que a Grécia deve proceder a mais um reembolso ao Banco Central Europeu (BCE) no montante de 3,4 mil milhões de euros. 

A Alemanha considera que o texto acordado representa "um resultado importante" e, mais do que isso, que vai na "direção certa". Contudo, Steffen Seibert, o porta-voz de Angela Merkel, sublinhou que os alemães têm de estudar o documento com mais pormenor antes de o submeter à votação do Parlamento.
 
 
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