Os funcionários do Fisco que consultaram os rendimentos de contribuintes como José Sócrates ou Passos Coelho, por exemplo, foram alvo de processos disciplinares. Os inquéritos estiveram em curso entre 2014 e 2016.
A Autoridade Tributária e Aduaneira instaurou, nos últimos três anos, pelo menos 50 processos. Segundo o jornal Público, 45 deram lugar a repreensões escritas e cinco foram arquivados.
Entre as figuras políticas, cujo sigilo fiscal foi alegadamente violado, contam-se também o antigo ministro da economia, Manuel Pinho, ou mesmo o ex-Presidente da República Cavaco Silva. O amigo de José Sócrates e arguido na Operação Marquês, Carlos Santos Silva, também figura nesta lista.
Apesar de não ter números exatos, o Público sabe que, para além destas situações, foram postos em marcha outros processos.
A este propósito, rebentou em 2015 uma polémica com a lista VIP do Fisco, com contribuintes mediáticos, da área política, financeira e económica e até artística.
Sempre que um funcionário das Finanças tentava aceder ao cadastro de um dos contribuintes dessa lista, seja por curiosidade, engano ou mesmo a pedido do próprio, alegadamente era lançado uma espécie de alerta online a indicar que essa ficha estava a ser consultada.
O Ministério Público acabou por arquivar o inquérito à lista VIP do Fisco, por falta de provas.