OE 2016: Bruxelas espera negociações conclusivas nos próximos dias - TVI

OE 2016: Bruxelas espera negociações conclusivas nos próximos dias

Pierre Moscovici, ministro das finanças francês

Peritos da Comissão Europeia chegaram esta quinta-feira a Lisboa para negociar um Orçamento do Estado que esteja “em coerência” com as regras europeias

Peritos da Comissão Europeia chegaram esta quinta-feira a Lisboa para negociar um Orçamento do Estado que esteja “em coerência” com as regras europeias e os compromissos assumidos por Portugal, disse o comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici.

“Os nossos peritos estão desde hoje em Lisboa - e eu estou em contacto permanente com as autoridades portuguesas. É muito importante mantermos negociações estreitas, construtivas e, espero, conclusivas nos próximos dias, com a perspetiva comum de trabalharmos no sentido de que o orçamento português esteja, finalmente, em coerência com as regras do Pacto [de Estabilidade e Crescimento – PEC] e com os compromissos assumidos por Portugal neste quadro”, disse Moscovici, numa conferência de imprensa, em Bruxelas.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros salientou também que a carta enviada na quarta-feira pela Comissão Europeia para o ministro das Finanças, Mário Centeno, é um procedimento já usado noutros casos e “levou a clarificações e compromissos suplementares que evitaram que a comissão tivesse que pedir um novo projeto de orçamento”.

A TVI apurou que numa primeira avaliação do projeto orçamental o défice vai chegar aos 3,4% este ano, bem acima dos 2,6% apontados pelo Governo no esboço do Orçamento do Estado para 2016.
  
As contas de Bruxelas também antecipam um crescimento económico de apenas 1,6%, ao invés dos 2,1% previstos no documento português e com muitas dúvidas sobre o contributo da procura interna. 

O Governo tem até sexta-feira para responder às dúvidas das instâncias comunitárias. 
  
O   primeiro-ministro desvalorizou esta quarta-feira o pedido de explicações feito por Bruxelas, e o ministro das Finanças reiterou que o esboço enviado à Comissã o é “cauteloso”.  
 
Continue a ler esta notícia