A venda de marcas brancas aumentou pela primeira vez desde 2012, ano em que valiam 37%. Depois de uma quebra nos anos seguintes, agora valem 34,5% do talão de compras.
Os dados da Nielsen são citados pelo Dinheiro Vivo e referem-se ao primeiro trimestre do ano, uma altura em que as vendas de bens de grande consumo cresceram 1,6% .
Em termos de produtos, o consumo de marcas brancas cresce em todas as categorias, sendo que os artigos de higiene pessoal são os que mais aumentaram.
Conscientes deste fenómeno, as grandes cadeias de supermercados já anunciaram a abertura de mais espaços de marca própria, dedicados à venda de produtos de primeiro preço e marca branca.
Pode haver também aqui uma intenção, por parte dos operadores, de antecipar e fazer desde já face à entrada da cadeia espanhola Mercadona no mercado português, prevista para 2019.
Se, na época da crise, a corrida às marcas brancas era o prato do dia, o cenário mudou depois. Nos primeiros seis meses do ano passado, os produtos de fabricantes aumentaram as vendas, enquanto as das marcas da distribuição (as chamadas marcas brancas) caíram, segundo o Barómetro semestral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
Para tal contribuíram as promoções bem destacadas nos supermercados, que saltam à vista (e muitas vezes ao paladar) dos consumidores. Seja como for, nos primeiros três meses de 2017, o cenário parece ter mudado ligeiramente de figura.
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