Jovens trabalhadores saem à rua contra a precariedade - TVI

Jovens trabalhadores saem à rua contra a precariedade

  • VC
  • 28 mar 2018, 07:27

Protesto realiza-se neste que é o Dia Nacional da Juventude, em Lisboa

Esta quarta-feira há uma manifestação nacional de jovens trabalhadores, organizada pela CGTP, contra a precariedade e os baixos salários. Será durante a tarde, em Lisboa, neste que é o Dia Nacional da Juventude. São esperados jovens de todos os distritos e de vários setores.

O protesto parte às 15:00 do Cais do Sodré rumo à Assembleia da República e contará, por exemplo, com jovens trabalhadores dos call center da PT, da EDP e da Fidelidade, bem como de setores como a indústria, o comércio, a hotelaria, a logística e a grande distribuição.

O coordenador da Interjovem, João Barreiros, deixou ainda a indicação de que é esperada “uma grande participação de trabalhadores” envolvidos no Programa de Regularização Extraordinário dos Vínculos Precários do Estado (PREVPAP).

Os jovens trabalhadores são os mais afetados pela precariedade, mas também pelos baixos salários”

Uma realidade que se acentuou nos últimos anos, pelo que os manifestantes exigem “o fim das normas gravosas do Código do Trabalho” e que “a cada posto de trabalho corresponda um vínculo de trabalho efetivo”, bem como “o fim da subcontratação e do aluguer de mão-de-obra, seja no público ou no privado”, lê-se no comunicado da Interjovem.

A manifestação ocorre numa altura em que se discutem na Concertação Social as propostas do Governo de combate à precariedade, entre as quais a redução da duração máxima dos contratos a termo de três para dois anos e menor margem para renovações, bem como a criação de uma taxa a aplicar sobre as empresas que abusem deste tipo de contratação.

A CGTP classificou as medidas como "meros paliativos", considerando, por outro lado, positiva a eliminação da norma que permite a contratação a termo para postos de trabalho permanentes de jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.

Recentementen, foi divulgado um relatório da Cáritas Europa que acusa Portugal de não estar preparado para oferecer "empregos dignos" a jovens licenciados.

Revela, também, que a maioria dos jovens em Portugal não consegue arrendar ou comprar casa devido ao desemprego, aos empregos precários e a um mercado de habitação com preços muito elevados.

Portugal é, de resto, o país da União Europeia onde mais jovens desempregados admitem emigrar

A estimativa do INE para janeiro, no que toca aos jovens (entre os 15 e os 24 anos), é de uma taxa de desemprego que ainda assusta bastante: 22,2% ou 83.700 pessoas. Bem diferente da data dos adultos (25 a 74 anos), que se situou em 6,8%.

 

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