Os trabalhadores da Câmara de Lisboa vão estar concentrados na quinta-feira de manhã à frente do edifício do município na Rua Alexandre Herculano, por considerarem que este não dispõe de condições laborais.
"- Avarias sistemáticas de elevadores [num edifício que tem oito andares]
- Ausência de equipamentos adequados de ar condicionado
- Janelas degradadas e totalmente inadequadas
- Existência de tetos deteriorados e de salas exíguas face ao número de funcionários"
São estas as razões apresentadas, num comunicado citado pela Lusa, pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), que organiza o protesto.
Recordando que os problemas têm vindo a ser denunciados nos últimos três anos, nomeadamente sob a forma de abaixo-assinado, o STML acusa a Câmara de Lisboa de "inércia" por "não assumir as decisões que podem e devem contribuir para a melhoria das condições de trabalho".
E diz que a autarquia foi notificada em 2013 pela Autoridade para as Condições de Trabalho, devido a esta situação.
Mais um abaixo-assinado
Na concentração de quinta-feira, que se inicia pelas 10:30, estará uma delegação do STML que se deslocará depois aos Paços do Concelho para entregar ao presidente do executivo, Fernando Medina (PS), o terceiro abaixo-assinado feito em dois anos e meio.
O documento foi subscrito por "90% dos trabalhadores deste local", adianta o comunicado.
Na terça-feira, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, informou durante a reunião deste órgão deliberativo que ali tinha chegado um abaixo-assinado dos trabalhadores.
O documento, que será tratado como petição, baixou à comissão municipal de Finanças, Património e Recursos Humanos para ser depois apreciado em plenário.
Em outubro de 2014, funcionários da autarquia na Rua Alexandre Herculano entregaram dois abaixo-assinados nos Paços do Concelho: um sobre as avarias constantes dos elevadores e do ar condicionado e outro referente à falta de cozinheiras no refeitório.