BCP afunda 7,5% na Bolsa de Lisboa - TVI

BCP afunda 7,5% na Bolsa de Lisboa

A Bolsa de Lisboa perdeu 2,05%. Muito pressionada pelo BCP e pela Galp. As ações do Millennium afundaram 7,5%

A Bolsa de Lisboa fechou a cair 2,05% e liderou o movimento de quedas na Europa, pressionada pela desvalorização dos pesos-pesados, nomeadamente do Millennium BCP. No acumulado deste mês de março, o índice PSI-20 teve um ganho de 3,9%, mas no conjunto do primeiro trimestre do ano, perdeu 5,5%.

Em relação ao BCP, parece estar a perder força o ângulo especulativo de que o banco possa beneficiar de movimentos acionistas futuros, segundo escreve a agência Reuters. As ações tombaram 7,51%, perante a crescente incerteza sobre se os dois maiores acionistas do BPI chegarão a acordo sobre o controlo do banco e se a empresária angola Isabel dos Santos opta por entrar no capital do BCP.

As ações do BCP tinham, até à semana passada, subido mais de 30%, desde o momento em que os espanhóis do CaixaBank disseram que estavam em conversações com a Santoro, de Isabel dos Santos. Essa comunicação foi feita a 2 de março. Nas últimas cinco sessões, o BCP acabou por perder 22% do seu valor em bolsa. Os títulos do BPI perderam hoje 0,71%.

Pressão adicional das energéticas, com a EDP a perder 1,57%, a EDP Renováveis a descer 1,03% e a Galp Energia a recuar 3,16%, em linha com as petrolíferas europeias, apesar da subida do preço do barril de Brent.

Nota ainda para as quedas de 2,79% da Portucel, de 2,49% da Altri e de  1,55% dos CTT.

O sector do retalho inverteu dos ganhos da manhã, arrastado pelas quedas da generalidade dos títulos na praça portuguesa, tendo a Sonae e a Jerónimo Martins encerrado com descidas de 0,5%.

Dos quatro títulos que fecharam em alta, destaque para a REN, com uma subida de 0,73%. O Barclays elevou o preço alvo para a gestora de redes energéticas para 3,1 euros (era 2,83 euros), destacando o atrativo dividendo da empresa.

Na Europa, o FTSEurofirst, que agrega as 300 maiores empresas cotadas, corrigiu dos ganhos de ontem e fechou cair 1,04%, com destaque para as desvalorizações das telecoms francesas e dos bancos italianos.

O índice sectorial para as telecoms europeias desceu 1,4%, depois das francesas Orange e Bouygues Telecom terem prolongado até domingo, as negociações sobre uma eventual venda da Bouygues Telecom.

Os bancos italianos também fecharam em forte queda, após três fontes terem dito à Reuters que o Unicredit estava a considerar atrasar uma operação de emissão de direitos sobre o Banca Popolare di Vicenza, por falta de condições de mercado. Esta emissão, no montante de 1,76 mil milhões de euros está prevista para abril.

No mercado de dívida pública, a taxa de juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos aliviam um ponto base, para 2,8%.

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